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O sonho de todo estudante de Jornalismo é concluir o curso e ir para o mercado de trabalho. Mas antes de se formar e pegar o “canudo” é que acontece um dos grandes momentos da profissão: o juramento. Entre as frases destacadas nesse momento simbólico está assumir o compromisso com a verdade, sem nunca omitir, mentir ou distorcer as informações.
É com esse objetivo que o jornalista Carlos Guilherme Ferreira, 33 anos, lançou recentemente no site de financiamento coletivo Catarse o projeto Brasil na Copa América: cobertura independente. Com passagens pelos jornais O Sul, Diário de Santa Maria, Pioneiro e Zero Hora, o gaúcho pretende ter autonomia e compromisso com a verdade nesse trabalho.
“Claro que seria irresponsável afirmar que veículo A, B ou C critica ou elogia determinado personagem por conta de seus anunciantes. Fazer uma cobertura bancada pelo público eliminaria esse tipo de suspeita e mostraria, também, que dá para ser jornalista com qualidade sem depender de um veículo tradicional”, fala Carlos.
A ideia é realizar a cobertura da Copa América de 2015 sem depender de nenhuma emissora. Para isso Carlos Ferreira tem que alcançar o valor de R$ 18.136 (até o fechamento desta reportagem já tinham sido arrecadados R$ 1.800). O grande diferencial destacado pelo jornalista é a velocidade com que a pessoa receberá as informações.
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“A maior parte da cobertura será feita via Facebook e Twitter, direto do smartphone, com acesso imediato dos leitores. Eles não precisam digitar um endereço e procurar em um site, porque o conteúdo estará na timeline,” conta o gaúcho de Venâncio Aires.
Apaixonado por futebol, Carlos cobriu diversas partidas do esporte em sua carreira, mas nunca cobriu um torneio completo. “Eu acredito que cobrir a próxima Copa América será muito bom dos pontos de vista pessoal e profissional, até pelo formato de trabalho proposto, bem de acordo com os novos rumos do jornalismo. Não é um projeto para ganhar dinheiro. Eu mesmo estou entre os que contribuíram, junto com familiares, amigos etc”, declarou o repórter.
Caso o projeto não saia do papel o jornalista deve continuar trabalhando em sua agência de conteúdo, chamada Padrinho, em parceria com sua amiga Alexandra Zanela: “Se o Brasil na Copa América der certo, pretendo ampliar a divulgação para aumentar o público que irá consumir o conteúdo, além de me preparar da melhor forma possível para a viagem. Se não rolar, vou avaliar o que fiz de certo e errado para, quem sabe, investir em novo projeto no futuro.”
Guilherme Wunder
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