quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Crítica de Sete Homens e Um Destino

Filme: Sete Homens e Um Destino (2016)
País: EUA
Classificação: Não definido
Estreia: 22 de setembro de 2016
Duração: 133 minutos
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk e Nic Pizzolatto
Elenco: Chris Pratt, Denzel Washington, Haley Bennett, Ethan Hawke, Nic Pizzolatto, Matt Bomer

"Refilmagem do clássico faroeste Sete Homens e um Destino (1960), que por sua vez é um remake de Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa. Os habitantes de um pequeno vilarejo sofrem com os constantes ataques de um bando de pistoleiros. Revoltada com os saques, Emma Cullen deseja justiça e pede auxílio ao pistoleiro Sam Chisolm, que reúne um grupo especialistas para contra-atacar os bandidos."

Para quem não sabe Sete Homens e Um Destino é um remake de um longa de mesmo nome, lançado em 1960, que, por sua vez, também é uma releitura d'Os Sete Samurais, de 1964. Como não vi o original, e sim os dois últimos, vou trabalhar com eles na construção desta crítica. E, analisando as duas produções, é possível destacar que ambos trabalham muito com a diversidade em seu elenco. Isso porque podemos ver nesse filme um latino, um asiático, um índio e o líder sendo negro.

O filme tem como sua trama a busca de liberdade de colonos de uma região dos Estados Unidos. Os moradores dessa região estão sendo tratados de forma injusta por um tirano. Para escaparem desse regime, essa comunidade vai atrás de Sam Chisolm, interpretado por Denzel Washington, que aceita o serviço e recruta seis parceiros para que eles ajudem Chisolm na proteção e na libertação daquela população. Nesse sentido, tirando alguns pontos, o enredo é bem parecido com o longa de 1960.

Foto: Divulgação
Outro ponto positivo dessa produção está no seu elenco. Todos estão muito bem em seus papéis e têm o seu destaque na história. Apesar de ser mais difícil colocar em um bom espaço de tela sete personagens, cada um com as suas peculiaridades, Antoine Fuqua consegue trabalhar bem essa distribuição e todos tem a sua profundidade necessária bem construída. Talvez as surpresas sejam Ethan Hawke e Vincent D'Onófrio, que conseguem deixar o telespectador de queixo caído, seja pela sua interpretação como pela carga que ambos entregam para seus personagens.

A fotografia do filme também merece ser destacado. Tanto ela quando o vestuário dos personagens remete muito aos longas de faroeste que tanto fizeram sucesso no passado. Existem cenas, produzidas em plano aberto, que não é possível se distinguir se estamos vendo um filme atual ou se um western dos anos 60, tamanha a fidelidade utilizada para a produção.

Foto: Divulgação
Infelizmente - digo isso pois adoro filmes de faroeste - o longa falhou em alguns pontos. Apesar dos personagens terem sido muito bem construídos, acabou faltando algo que mostrasse o momento onde eles deixaram de trabalhar por dinheiro e realmente se importaram com aquela comunidade. Um dos objetivos do filme foi construir uma história que culminasse em uma boa dose de ação, tiros e batalhas. Não que essas cenas tenham sido boas, até muito pelo contrário, toda a ação da produção é muito bem coreografada e executada, mas faltou algo para que as ações deles combinassem com o sentimento que eles deveriam ter com aquela comunidade.

E é por isso que Sete Homens e Um Destino não consegue entrar na história dos filmes de faroeste, apesar de terem feito um bom trabalho. Porém, mesmo com algumas falhas, as chances do longa conquistar um público que está carente de produções desse gênero é grande e, quem sabe, esse remake possa incentivar os outros estúdios a produzir faroestes novamente.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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