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O Esporte Clube Juventude vem fazendo boa campanha no Campeonato Brasileiro de 2017. Até agora, o time de Caxias do Sul já soma 26 pontos e é o líder da segunda divisão. Porém, o que muitos alvoradenses não sabem é que o clube alviverde conta com um jogador aqui do município no seu plantel e, o mais importante, é que o jovem Vinicius é um dos atletas que mais vêm ganhando chances.
Filho de Luiz Carlos Francisco da Silva e Eunice Araujo Machado da Silva, Vinicius viveu sua vida toda em Alvorada, mais precisamente na Rua Jovelino de Souza. O atleta de 21 anos começou sua carreira no Sport Club Internacional, ainda com 11 anos de idade, dividindo os estudos com o futebol. No clube, Vinicius permaneceu por cinco anos.
Depois disso, aos 16, veio o maior desafio da carreira do adolescente: ir jogar no Vitória. Por lá o atleta permaneceu por sete meses e teve que viver distante da família pela primeira vez. “Para mim foi muito complicado morar longe de casa tão novo, pois eu sabia que não seria tão simples para ver meus pais. Eu era jovem e sentia falta deles”, fala Vinicius.
Depois desse período, o alvoradense voltou para o Rio Grande do Sul, onde rodou por Caxias e São José, até chegar ao Juventude, há dois anos. Porém, para quem acredita que foi “fácil” se engana. Isso porque não foi só uma vez que o jogador pensou em desistir desta carreira. Vinicius conta que, tanto quando foi dispensado pelo Inter como quando saiu do São José de Porto Alegre, pensou em parar de jogar futebol.
“Na primeira vez foi quando saí do Inter. Eu conhecia todo mundo no clube e nunca pensei que isso fosse acontecer. Quando cheguei em casa, conversei com meus pais e disse que queria parar. Eles sempre me apoiaram e disseram que era para seguir meu coração. Já na segunda vez, foi quando deixei o São José. Eu tinha acabado de ser promovido para o profissional e saí do clube. Como estava no meio do Gauchão, não consegui nenhum time para jogar e fiquei dois meses parado”, conta Vinicius.
A grande chance
Porém, aos 19 anos, surge uma nova oportunidade: o Esporte Clube Juventude abre as portas para o atleta. Na época um treinador conversou com o zagueiro e o convidou para jogar nos juniores do time de Caxias do Sul. Lá o atleta disputou a Copa São Paulo e o Gauchão sub-20, além de ter sido relacionado para algumas partidas da Série C.
A chance surgiu neste ano, quando recebeu oportunidades ainda no Campeonato Gaúcho, Copa do Brasil e, posteriormente, na Série B. Isso tudo porque o lateral-direito titular Tinga se lesionou e o técnico Gilmar Dal Pozzo o improvisou pelo lado. Apesar de ser zagueiro, Vinicius já havia atuado pelo lado no Internacional e o desafio foi visto pelo atleta como uma oportunidade.
“É sempre bom ter mais uma posição dentro de campo. Nesse ano, ainda antes de surgir essa oportunidade, eu já estava estudando e me aprimorando para que pudesse melhorar ainda mais e ajudar o Juventude nos jogos, seja com boas atuações, assistências e gols. Eu sempre estarei à disposição e, quando o Gilmar (técnico do Juventude) veio conversar comigo, eu disse que estava pronto e expus para ele o que eu poderia fazer para ajudar”, relata o alvoradense.
A relação com Alvorada
Além da boa fase no Juventude, tem outro fator que deixa Vinicius feliz em estar em Caxias: a proximidade de Alvorada e da família. O zagueiro conta que se acostumou a morar longe dos pais, mas que sente muita falta do convívio com eles e com os amigos que ele tem na cidade, local que até hoje considera sua casa.
“Alvorada é a cidade onde cresci. Estudei no Alfredo Justo, Castro Alves e Salgado Filho; então todos os meus amigos de infância são do município. Hoje não consigo mais ir tanto para Alvorada, por causa da agenda e da rotina de jogos do campeonato, mas, quando saio de férias, passo boa parte dela aí. Eu amo minha cidade e tenho orgulho de ser alvoradense. Os meus colegas até brincam comigo porque eu nunca digo que sou de Porto Alegre, cidade onde nasci, mas sim de Alvorada (risos)”, conta Vinicius.
A proximidade e o apoio dos pais sempre foram o alicerce para Vinicius chegar onde chegou. Para o atleta, o seu Luiz Carlos e a dona Eunice, são as pessoas que ele busca sempre que algo o incomoda. Isso porque, os dois são os responsáveis por ouvi-lo e também por aconselha-lo sempre pensando no bem do jovem e apoiando os sonhos e vontades do atleta. “Eles são o meu ponto de paz e devo a eles por ser o homem e o profissional que me tornei hoje”, destaca o zagueiro.
Aos 21 anos e começando uma carreira no futebol brasileiro, Vinicius sonha com objetivos grandes e bem mais longe de Alvorada: o futebol europeu. Porém, o alvoradense têm os pés no chão e quer primeiro o sucesso no Juventude. “Quero ser um grande jogador, ter uma carreira na Europa e, principalmente, dar um futuro melhor para os meus pais. Afinal, eles merecem por tudo que fizeram por mim”, confessa Vinicius.
Guilherme Wunder
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