sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Crítica de Feito na América


Filme: Feito na América

País: Estados Unidos
Classificação: 16 anos
Estreia: 14 de setembro de 2017 
Duração: 115 minutos 
Direção: Doug Liman
Roteiro: Gary Spinelli
Elenco: Tom Cruise, Sarah Wright, Domhnall Gleeson.


"Durante a década de 1980, Barry Seal, um piloto oportunista da Trans World Airlines, é inesperadamente recrutado pela CIA para realizar uma das maiores operações secretas da história dos Estados Unidos."


Estreou nesta quinta-feira, 14/09, mais um longa estrelado pelo ator Tom Cruise, conhecido pelos seus filmes de ação em franquias como “Missão Impossível” e “Jack Reacher”. Porém, o diferencial deste filme, é que a produção é baseada em uma história real e foge um pouco das cenas de luta que estamos acostumados em ver o ator.

No longa, dirigido por Doug Liman, conhecemos Barry Seal, que é um piloto que trafica drogas e armas para o mítico cartel de Medellín e, recrutado pela CIA, torna-se agente duplo. Em “Feito na América”, é possível acompanhar o surgimento de nomes conhecidos, como o de Pablo Escobar e seus sócios. Além disso, se compreende a ganância e o poder conquistado por Seal como agente duplo.

E, apesar do meu receio com o filme, podemos afirmar que a produção é bem feita e que Tom Cruise surpreende positivamente e consegue dar uma dinâmica diferente para o personagem e fugindo do estereótipo recente de sua carreira. Isso porque, apesar de ser um filme de ação, a história real não permite (até porque não existiu) cenas de luta mirabolantes que perdem a verossimilhança.

Outro ponto positivo fica por conta da direção de Doug Liman, que consegue entregar dinamismo as cenas e a verossimilhança tão importante na construção do clímax do filme. Além disso, toda a escolha de elenco é acertada, principalmente no casal que protagoniza o filme – Tom Cruise e Sarah Wright.

As cenas de ação, principalmente aéreas, são muito bem executadas. Isso graças ao não uso de dublês e nem CGI. Todas as cenas de aviação foram protagonizadas pelo próprio Cruise e isso entrega a qualidade vista em tela. Além disso, outro fato interessante é que Liman não descreve Barry Seal como um vilão e sim como uma pessoa real, não tomando lados e contando a sua história.

Talvez tenha faltado aprofundar um pouco mais o que aconteceu com os personagens no fim do filme. Esse resgate histórico quase sempre se faz presente em produções do gênero e até acontece no filme, mas é pouco utilizado. Além disso, falta espaço para desenvolver os outros personagens e o filme acaba focando apenas no Barry Seal.

Guilherme Wunder

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