sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O financiamento coletivo como uma alternativa para se livrar das enchentes

Foto: Guilherme Wunder
A preocupação de todos os moradores do Bairro Americana durante o inverno é com as enchentes que atingem a cidade. Ano após ano que a população acaba perdendo seus móveis e suas casas para a natureza. Previsão para solução? Não existe. Isso porque a expectativa de um dique, anunciado ainda durante o governo de Tarso Genro (PT) nunca saiu do papel. 

Contudo, pensando em não ter de se preocupar mais com esse problema e não gastando quantias exorbitantes de dinheiro que o alvoradense Maninho Melo, agente cultural da cidade e morador da Rua Beira Rio, no Bairro Americana, desenvolveu o projeto da Casa Criativa. A proposta é definida pelo próprio criador como uma alternativa â sobrevivência. 

O projeto já contou com investimento de pouco mais de R$ 23 mil e vem sendo construído pelo próprio Melo. A cabana/chalé tem 151 metros quadrados e vem sendo feita através de materiais recicláveis, restos de obras e produtos encontrados diretamente com os fabricantes. Além disso – talvez o mais importante – a construção está há quase três metros do chão, fazendo com que as enchentes não alcancem a casa. 

Maninho Melo conta que a ideia surgiu logo depois da última grande enchente, em 2015. Na época ele fez uma avaliação sobre o que valia a pena: sair do local ou pensar em uma solução viável para se mantiver. “Naquele momento eu fiquei sem saber o que fazer. Foi assim que pensei em fazer uma casa alta, como em regiões do norte e perto de rios. Por isso visitei algumas cidades para encontrar referências de como fazer”, salienta Melo. 

Sobre o projeto ter ido para o Catarse, o alvoradense destaca que a ideia é de que a casa vire um projeto de referência para quem passa pelo mesmo problema. “Na minha rua mesmo já tem gente que está construindo uma casa mais alta. Este tipo de ideia é diferente e eu estou ajudando no desdobramento e na função social que este espaço pode ter. Ela vai virar uma referência e eu quero transformar um espaço dela em uma espécie de museu de enchente”, finaliza Melo. 

Serviço 

Para poder concluir o projeto da Casa Criativa, Maninho Melo aderiu ao financiamento coletivo do Catarse. O orçamento apresentado pelo alvoradense é de pouco mais de R$ 27 mil (até o momento foi arrecadado quase R$ 1 mil) e seria investido no acabamento interno e externo, além de ser construído também a Elétrica, Hidráulica, Esgoto e o Aterro no Pátio. Para ajudar é só acessar a página do financiamento: https://www.catarse.me/a_casa_criativa_uma_alternativa_de_sobrevivencia_as_enchentes_971c

Guilherme Wunder

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