sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Crítica de 120 Batimentos por Minuto

Filme: 120 Batimentos por Minuto
País: França
Classificação: 16 anos
Estreia: 04 de janeiro de 2018 
Duração: 143 minutos 
Direção: Robin Campillo
Roteiro: Robin Campillo
Elenco: Nahuel Perez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel.

"França, início dos anos 1990. O grupo ativista Act Up está intensificando seus esforços para que a sociedade reconheça a importância da prevenção e do tratamento em relação a Aids, que mata cada vez mais há uma década. Recém-chegado ao grupo, Nathan logo fica impressionado com a dedicação de Sean, apesar de seu estado de saúde delicado."

Nesta que é a primeira semana de 2018, o filme visto por este que vos escreve, tem uma importância histórica muito grande e, na minha humilde opinião, deveria ter aproveitado o dezembro vermelho e ter sido lançado no ano passado. Digo isso porque, a produção assistida nesta semana chama-se “120 Batimentos por Minuto” e tem como tema principal a luta dos homossexuais contra a AIDS.

Na trama, que se passa no início dos anos 90, na França, acompanha o grupo ativista Act Up, que está intensificando seus esforços para que a sociedade reconheça a importância da prevenção e do tratamento em relação a Aids, que mata cada vez mais há uma década. Recém-chegado ao grupo, Nathan logo fica impressionado com a dedicação de Sean, apesar de seu estado de saúde delicado. 

O longa-metragem foi dirigido por Robin Campillo (Eles Voltaram e Meninos do Oriente), que apresentou o a história do Act Up, grupo francês que, nos anos 1990, ficou conhecido por promover ações não-violentas em defesa da prevenção e do tratamento em relação a AIDS. Só que, ao mesmo tempo em que o diretor apresenta a história da organização e suas lutas, Campillo também mostra mais sobre a realidade dos homossexuais da época. 

Isso acontece de forma coerente e flui muito natural para quem está acompanhando o filme. Além disso, as atuações seguras fazem com que a obra funcione melhor, pois o telespectador começa a se preocupar com o que vai acontecer com toda a instituição e com os protagonistas da história. Isso faz com que, além de sua importância histórica, o filme humanize a vida e a trajetória de todos os que por ali passaram. 

A produção é comovente e muito bem construída, mostrando a realidade crua de quem é portador do vírus HIV e é homossexual. Sem estereótipos e nem medo de mostrar como é a vida de um soro positivo, passando por exemplos de quem está vivendo bem até quem morre por causa da doença. Com certeza é uma grata surpresa para quem inicia 2018 perto de um cinema e longe da praia.

Guilherme Wunder

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