sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Ciclista alvoradense tem resultado de competição homologado em nível mundial

Pela primeira vez, a região sul do Brasil recebeu um evento de ciclismo com mais de mil quilômetros de trajeto. Isso porque, na semana passada, ocorreu a SulBR 1200, competição tradicional no país e que contou com quatro dias de duração. Durante esse período os competidores passaram por cidades como Gramado, Cambará do Sul, Garopaba, Laguna e Farol de Santa Marta.

Foto: Divulgação
E essa competição foi vencida por um atleta alvoradense. O ciclista Anderson Imhoff percorreu os 1.200 quilômetros em 83 horas e 33 minutos. Com o resultado conquistado por Imhoff, à prova foi homologado em nível mundial, afinal o tempo limite era de 90 horas e ele conseguiu conclui-la antes do prazo previsto pela organizadora da competição.

Mas para quem pensa que essa é o objetivo é a vitória está enganado. Pelo menos é o que explica Imhoff. “Não existe primeiro e último colocado, não é uma corrida, é um desafio pessoal. Entre esses desafios, pedalei uma prova de 1.200km, uma de 1.000km, três de 600km, quatro de 400km, três de 300km e creio que cerca de 12 provas de 200km. Além dos treinos que fazemos que muitas vezes acabam gerando esta distância de 200 e 300km, alguns beirando os 400km”, salienta o atleta.

História

Anderson Imhoff tem 21 anos e atualmente mora com os pais em Gravataí. Contudo nasceu em Alvorada e residiu no Bairro Americana até 2012. Apesar de não morar mais no município, o ciclista conta que ainda tem relações com a cidade. “Tenho muitos familiares residindo em Alvorada como tios, avós e muitos amigos. Sempre que posso estou visitando e matando a saudade”, confessa o alvoradense.

Imhoff conta que sempre gostou de pedalar, mas que na adolescência as coisas mudaram e ele começou a pegar gosto, utilizando a bicicleta como transporte, fugindo do ônibus e dos pais para se deslocar. “A bicicleta, entre outras coisas proporcionou a liberdade de ir e vir com a própria força, usando o corpo como motor, além da disciplina e dedicação que o esporte exige para obter seus resultados”, relata o ciclista.

Questionado sobre a prova mais difícil que participou, o alvoradense explica que comparar as provas, disputadas, pois depende de diversos fatores. Entretanto, existe uma que foi lembrada por ele. “Posso dizer que pra mim a prova de 1.000km foi a mais difícil pelas condições climáticas (vento muito forte, principalmente na última noite que viramos pedalando) e os 10 pneus furados que tive”, conta Imhoff.

Sobre viver do esporte, o alvoradense confessa que é muito difícil, apesar de ter o apoio de patrocinadores como Credencie Consultas Cadastrais, Anivet Cuidados Veterinários e Hello English Course. “Trabalho desde 2015 na Carlos Eduardo Imóveis, em Gravataí. Não tenho perspectiva de viver apenas do esporte, vejo o mesmo como o meu lazer”, enfatiza o ciclista.

Para Imhoff, além de competir, as competições de bicicleta também fazem com que ele conheça novas pessoas e locais e, manter esse projeto, é o que ele mais espera para o futuro. “Espero aumentar cada vez as amizades que fiz através da bicicleta, Rio Grande e Brasil afora, pois está é um dos grandes pontos positivos também, é um esporte que une. Futuramente pretendo viajar o país para pedalar provas em outros estados e conhecer mais amantes deste esporte magnífico”, conclui o alvoradense.

Guilherme Wunder

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