quarta-feira, 15 de abril de 2015

As adaptações dos games para o cinema

Foto: Reprodução/ZHTV
O cinema sempre foi o grande alvo de investimento e de inspiração para as plataformas de vídeo games. Mas atualmente o cenário está se invertendo, e muitos jogos estão sendo fontes de inspiração para os diretores de hollywood. Para o jornalista do Segundo Caderno da Zero Hora, Gustavo Brigatti, esse fenômeno se dá pela grande probabilidade de sucesso financeiro:

- Essa mesma gente que gasta rios de dinheiro consumindo games, certamente vai assistir aos filmes inspirados em seus jogos favoritos. É o mesmo raciocínio que os estúdios de cinema aplicam para quadrinhos e literatura de uma forma geral. Por isso, qualquer game que venda muito tem potencial para se tornar um filme de sucesso.

Foto: Divulgação
Segundo Brigatti se o filme tiver um mínimo de qualidade ele terá chance de dar certo. Mas o que vemos não é um histórico tão favorável assim. Diversos mundos foram adaptados e tiveram um fracasso de audiência, como ‘House of the Dead’ (2003), ‘Super Mario Bros’ (1993), ‘Alone in the Dark: O despertar do mal’ (2005), entre tantos outros.

O repórter da Zero Hora destaca que desde os anos 90 já existia essa febre, mas que os filmes eram tão ruins que nem os próprios fãs tinham a coragem de ir no cinema e assistir: “A diferença é que, agora, algumas desenvolvedoras, como a Ubisoft, estão acompanhando de perto o que os estúdios de cinema estão fazendo com seus jogos, e não apenas licenciando-os e depois virando as costas.”

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Gustavo acredita que essa nova leva que está vindo, com os já lançados ‘Need For Speed’ e ‘Terror em Silent Hill: Revelação’, além dos que já estão em produção como ‘Assassin’s Creed’, ‘O Sétimo Filho’ e ‘Uncharted’, é pela economia em produzir e pelo lucro quase garantido: “É muito mais fácil e barato adaptar um jogo do que escrever um roteiro do zero. A história está praticamente pronta, os personagens e cenários definidos. O segundo fator é lucro. Filmes de games atraem um público fanático e disposto a gastar seu dinheiro para ver seu personagem favorito em carne e osso. 

Para o futuro desse segmento, Brigatti acredita que a tendência é que melhore a qualidade dos filmes do gênero, tomando como exemplo a evolução das adaptações dos quadrinhos: “Acho que a qualidade dos filmes tende a melhorar. É só ver os filmes de super-heróis, que se tornaram as maiores bilheterias do mundo quando começaram a ser tratados de maneira adequada.”

Guilherme Wunder

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