quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Crítica de Águas Rasas

Filme: Águas Rasas (2016)
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estréia: 25 de agosto de 2016
Duração: 102 minutos
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Anthony Jaswinski
Elenco: Blake Lively, Sedona Legge, Óscar Jaenada, Brett Cullen

"Nancy é uma jovem médica que está tendo de lidar com a recente perda da mãe. Seguindo uma dica sua, ela vai surfar em uma paradisíaca praia isolada, onde acaba sendo atacada por um enorme tubarão. Desesperada e ferida, ela consegue se proteger temporariamente em um recife de corais, mas precisa encontrar logo uma maneira de sair da água."

O filme do diretor espanhol Jaume Collet-Serra nos apresenta a jovem Nancy, interpretada por Blake Lively (Gossip Girl), que após perder sua mãe resolve fazer uma aventura e surfar na mesma praia secreta que a matriarca surfava enquanto jovem. E é nesse ambiente que toda a trama se passa.

O local escolhido para ser o set de filmagem é um dos destaques da produção. A paisagem é linda e todo o trabalho de fotografia é bem executado. Toda a natureza em volta ganha destaque em planos aéreos e abertos, que nos apresentam toda a ilha e o mar onde a trama acontece. Outra técnica muito utilizada pelo diretor são os planos fechados em detalhes, como a prancha de surf, o pingente de Nancy e em outros detalhes do filme onde ele se faz valer dessa técnica para abordar importantes momentos durante a construção narrativa.

A escolha do elenco também foi um acerto e Blake Lively consegue entregar uma boa interpretação para a personagem. Durante todo o filme o público se sente apreensivo e acaba se apegando e se preocupando com o que vai acontecer com Nancy. E isso é muito mérito de Blake, que consegue impressionar e se tornar próxima do público em toda a trama.

Foto: Divulgação
Um dos pontos que chamaram bastante a atenção é que se consegue visualizar o drama da personagem. O trabalho de maquiagem e de direção deixa bem claro o quanto ela está sofrendo na história, ao contrário de outros filmes onde se nota que personagens passam por diversos perrengues e, no final, estão do mesmo jeito, como se nada tivesse acontecido. Em Águas Rasas não. É possível ver lesões, cortes e sangue que dão um ar mais real para a trama.

Essa preocupação e apego que o público acaba sentindo com a história se dá muito ao roteiro de Anthony Jaswinski e a direção de Jaume Collet-Serra. Os dois são felizes em construir um suspense que te faz sentir medo. Tudo isso aliado a trilha sonora que remete aos suspenses clássicos e que fazem com que os espectadores se sintam apreensivos com a história.

Talvez o único ponto que não vá agradar o público é o fim da trama. Ele não é ruim, mas sim surreal e acaba não condizendo com a construção de toda a história. Essa conclusão poderia ter sido melhor pensada para que os espectadores não se sentissem estupefatos pela loucura que é apresentada. Mas se pensarmos que o filme também homenageia o cinema trash, ele acaba sendo aceito.

Mais uma produção que estréia no cinema brasileiro e que o grande público não vai dar a atenção devido a falta de grandes nomes no elenco. Porém é um longa-metragem que vale a pena e o público que for ao assisti-lo vai poder conferir um bom filme, seja pelo suspense como também pela conclusão que faz referência ao cinema trash que fez e ainda faz sucesso por aí.

Assista ao trailer abaixo: 


Guilherme Wunder

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