terça-feira, 16 de agosto de 2016

Crítica de Quando as Luzes se Apagam

Filme: Quando as Luzes se Apagam (2016)
País: Reino Unido
Classificação: 14 anos
Estréia: 18 de agosto de 2016
Duração: 81 minutos
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Eric Heisserer
Elenco: Teresa Palmer, Maria Bello, Billy Burke, Alexander DiPersia, Alicia Vela-Bailey, Gabriel Bateman, Emily Alyn Lind

"Desde que era pequena, Rebecca tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade."

Quando as Luzes se Apagam é mais um trabalho que tem a mão de James Wan, diretor de cinema conhecido pelos seus filmes de terror que conquistaram o público nos últimos anos, como A Invocação do Mal e Anabelle. Mas Wan não é o diretor desse longa-metragem e sim o produtor. Quem dirige o filme é o estreante David F. Sandberg, que cumpre bem o papel de construir uma produção que consegue fugir dos clichês que permeiam tantos filmes do gênero.

Para quem não sabe, Quando as Luzes se Apagam é baseado no curta-metragem Lights Out (clique aqui para assistir) que fez muito sucesso na época em que foi lançado. Basicamente ele se utiliza de jogos de luzes para mostrar como o demônio do filme surge apenas no escuro e some quando as luzes se acendem. E é esse o recurso que mais causam os sustos que acontecem no filme.

O interessante de se notar é que a produção foge dos mesmos planos para mostrar o demônio do longa, sempre surpreendendo, seja pelos locais em que ela surge como também pelas luzes utilizadas para fazer com que o mesmo suma. Esses momentos variados fazem com que o filme surpreenda o telespectador e fuja dos clichês que fazem com que as produções de terror se assemelhem.

Foto: Divulgação
Mas, mesmo com tantas cenas surpreendentes, o filme também tem seus clichês. Mas não são cenas que estraguem a experiência. Talvez o grande ponto que possa prejudicar seja o roteiro querendo explicar tudo o que acontece. Esse objetivo até é bom, mas as resoluções para se chegar na explicação são inexplicáveis e fazem com que o público não consiga acreditar no que está acontecendo. Cabe aqui dizer que algo em que eu sempre prezo é a experiência que o filme passa e o potencial que o filme tem para me fazer acreditar no que está acontecendo.

E esse é um ponto que me incomoda, pois os personagens não me passam essa impressão. Talvez seja pelos clichês que surgem em algumas produções de terror, como a burrice dos personagens, que incomoda e tira a veracidade que o filme poderia ter trazido.

O grande diferencial do longa-metragem é o seu vilão. Isso tanto no modo como ele é trabalhado, passando pelo motivo do seu surgimento e indo até a sua conclusão. Essa iniciativa de se construir o demônio em um lado mais psicológico e não tanto de possessão diferencia a trama e a deixa original, se diferenciando dos filmes já conhecidos do grande público.

Assista ao trailer abaixo:


Guilherme Wunder

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