terça-feira, 30 de agosto de 2016

Crítica de Um Namorado Para Minha Mulher

Filme: Um Namorado Para Minha Mulher (2016)
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Estreia: 01 de setembro de 2016
Duração: 100 minutos
Direção: Julia Rezende
Roteiro: Lusa Silvestre e Julia Rezende
Elenco: Ingrid Guimarães, Caco Ciocler, Domingos Montagner, Miá Mello, Paulo Vilhena, Marcos Veras, Letícia Colin, Marcelo Laham, Paulinho Serra

"Chico está cansado do seu relacionamento e das reclamações da esposa, Nena. Após 15 anos vivendo juntos, Chico não tem coragem de perdir divórcio. Ele decide seguir o conselho dos amigos e contrata um amante para sua esposa, o sedutor Corvo, na esperança de que ela se envolva com ele e acabe com o casamento."

Um Namorado Para Minha Mulher é baseado na comédia argentina Un Novio Para Mi Mujer, de 2008. A versão original do longa-metragem foi um sucesso de bilheteria no país e isso acabou chamando a atenção da Paris Filmes à produzir a versão brasileira da história. Antes de mais nada, cabe ressaltar que o filme brasileiro é uma adaptação da história original, com peculiaridades exclusivas da versão nacional. 

Na trama acompanhamos o romance de Chico e Nena, interpretados por Caco Ciocler e Ingrid Guimarães. Os dois já são casados há quinze anos e passam por uma crise no seu relacionamento, graças a rotina e a chatice da esposa, que reclama de tudo e de todos. O problema é que Chico não tem coragem de terminar o seu relacionamento e, para isso, contrata um amante para dar em cima de sua mulher e fazer com que ela dê o fim no casamento.

Foto: Divulgação/Paris Filmes
Um dos diferenciais da trama é o roteiro, que não foca apenas na comédia, ao contrário de boa parte das produções nacionais do gênero. Isso porque a história tem o seu lado dramático e ele é muito bem desenvolvido. Nesse quesito Ingrid Guimarães se sai muito bem. Ela é sim uma mulher insuportável (no início do filme) mas, mesmo assim, é possível sentir empatia pela personagem. Talvez seja porque a história desse casal é verossímil e conseguir fazer com que isso aconteça é um ponto positivo não só para esse, como para todos os filmes.

Tanto Caco Ciocler como Domingos Montagner também estão bem em seus papéis de, respectivamente, o marido bobo e o amante canastrão. Existem outros personagens secundários no filme, que tem seus espaços e conseguem dar conta do recado na hora em que ganham destaque, seja Mia Mello em seus  diálogos com Nena ou Marcos Veras como o melhor amigo de Chico.

Foto: Divulgação/Paris Filmes
A direção do filme é de Julia Rezende, que consegue construir esse que é um dos melhores longas de comédia produzidos recentemente aqui no país. Toda a história se passa em São Paulo e as locações foram muito bem escolhidas. Outro quesito bem trabalhado foi a trilha sonora. Todas as músicas eram conhecidas do grande público e casavam muito com a trama que estava sendo construída. Isso sem falar no elenco e no trabalho feito em cima de cada um dos personagens, que tem todas as suas premissas básicas apresentadas.

O roteiro tem seus furos como, por exemplo, quando Chico pede para seu amigo Gastão, interpretado por Paulo Vilhena, contratar Nena para participar do seu canal do Youtube, deixando com que ele mesmo pagasse o salário dela. O erro foi que essa subtrama não foi descoberta na conclusão da história. Mas, mesmo com gafes, o roteiro acerta mais e alcança o seu objetivo de contar uma história verossímil e que conquiste a proximidade e atenção desejada.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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