terça-feira, 4 de outubro de 2016

Crítica de Assassino a Preço Fixo 2 - A Ressurreição

Filme: Assassino a Preço Fixo 2 - A Ressurreição (2016)
País: EUA e França
Classificação: 14 anos
Estreia: 06 de outubro de 2016
Duração: 99 minutos
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Philip Shelby e Tony Mosher
Elenco: Jason Statham, Jessica Alba, Tommy Lee Jones, Michelle Yeoh, Sam Hazeldine, John Cenatiempo, Yayaying Rhatha Phongam.

"Arthur Bishop é obrigado a reativar seu lado criminoso quando amor de sua vida é sequestrado. Na mão do inimigo, ele é forçado a viajar pelo mundo para completar três impossíveis assassinatos e fazer o que sabe melhor: fingir que foram acidentes."

Mais um filme de ação protagonizado por Jason Statham, conhecido por franquias como Os Mercenários e Carga Explosiva. O que o papel dele nesse filme tem em comum com a maioria dos seus trabalhos? Filmes com roteiros fracos e que buscam a motivação para as cenas de ação mirabolantes e, muitas vezes, surreais.

Em Assassino a Preço Fixo 2 - A Ressurreição o roteiro trabalha basicamente com essa premissa: a construção de diálogos e tramas que tem como conclusão as cenas de ação. Para que se entenda melhor o que estou tentando dizer vou explicar um pouco mais o filme, que é dirigido por Dennis Gansel e tem outros nomes conhecidos no elenco, como Jessica Alba e Tommy Lee Jones.


No filme, Arthur Bishop está aposentado de sua vida como assassino, até que acaba se envolvendo com Gina, personagem interpretada por Jessica Alba. Depois disso ela é sequestrada e ele obrigado a trabalhar para o vilão do filme e receber o seu pagamento: a liberdade de sua amada. Isso resume praticamente todo o filme e, pelo enredo, é possível notar a busca incessante de Gansel pelas cenas de ação, muitas vezes beirando o surreal, afinal, é impossível acreditar que Bishop pularia do bondinho do Pão de Açúcar para uma asa delta que passava por baixo.

Apesar disso, o longa apresenta alguns pontos positivos. A produção cumpre com o que se propôs a fazer e tem suas cenas bem dirigidas e executadas. Além disso, temos as boas atuações, principalmente de Jessica Alba, que se entrega para a personagem em uma boa atuação. Outro ponto interessante é que o filme consegue fazer uma boa homenagem aos longas dos anos 90, com suas cenas de ação surreais em roteiros que buscam apenas isso.


Entretanto, infelizmente, o filme tem muito mais erros do que acertos. Existem incoerências na construção de um personagem que sabe o papel de seu par romântico e, mesmo assim, acaba se apaixonando em um tempo recorde e sem nenhum trabalho de construção desse sentimento. Além disso, existem erros de continuidade, como a boca de Gina, que aparece machucada e curada em diversos momentos do filme. Isso tudo sem falar na imortalidade de Bishop.

Todas essas situações acabam atrapalhando a experiência de verossimilhança e também o envolvimento e preocupação com Bishop e Gina. Os dois acabam se transformando em seres imortais e isso é visto no decorrer do filme, prejudicando muito o envolvimento e a preocupação do telespectador para com os protagonistas do longa. No final das contas, a produção acaba sendo mais um filme de ação da carreira de Statham e mais um longa que homenageia a ação dos anos 90.

Assista ao trailer abaixo:


Guilherme Wunder

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