quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Crítica de Animais Fantásticos e Onde Habitam

Filme: Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016) 
País: EUA e Reino Unido
Classificação: 12 anos
Estreia: 17 de novembro de 2016 
Duração: 133 minutos 
Direção: David Yates
Roteiro: J.K. Rowling
Elenco: Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Dan Fogler, Alison Sudol, Colin Farrell, Ezra Miller, Samantha Morton, Jon Voight.

"O excêntrico magizoologista Newt Scamander chega à cidade de Nova York levando com muito zelo sua preciosa maleta, um objeto mágico onde ele carrega fantásticos animais do mundo da magia que coletou durante as suas viagens. Em meio a comunidade bruxa norte-america, que teme muito mais a exposição aos trouxas do que os ingleses, Newt precisará usar todas suas habilidades e conhecimentos para capturar uma variedade de criaturas que acabam fugindo."

Antes de começar esta crítica tenho que ressaltar que, pela primeira vez, escreverei sobre um filme que vem de uma saga da qual sou fã. Digo isso porque é muito difícil separar o lado fã deste texto, porém tentei de todas as formas. O filme tem defeitos? Claro que tem e pretendo citar eles aqui, entretanto, Animais Fantásticos e Onde Habitam conta com mais acertos e se torna um dos melhores filmes de 2016 ou, pelo menos, o melhor que o universo de Harry Potter poderia esperar.

Para quem não sabe, o novo filme do universo de Harry Potter se passa antes dos acontecimentos retratados na saga do bruxinho. Como é possível compreender pela sinopse do filme, Animais Fantásticos e Onde Habitam nos apresenta ao bruxo Newt Scamander, interpretado por Eddie Redmayne, que é um pesquisador que está catalogando as criaturas existentes na terra para escrever o seu livro sobre eles. Para quem não sabe, na franquia de Harry Potter, o livro dele aparece como uma das leituras obrigatórias de Hogwarts.


Para isso, Scamander carrega em sua mala mágica as criaturas que ele já estudou ou vem estudando. O problema é que ele acaba trocando de malas com Jacob Kowalski, um trouxa (ou não-maj) interpretado por Dan Fogler. Este homem, que acaba se tornando companheiro de Scamander durante o longa, não nota a troca e acaba soltando as criaturas por Nova York. Praticamente nesse momento o filme começa: com Scamander correndo atrás de seus animais antes que eles façam estragos demais pela cidade.

Agora entrando mais na crítica do longa. Pela primeira vez o universo bruxo sai do Reino Unido e entra em outro país. Desde o início podemos notar que, nos EUA, as regras e leis são diferentes para os bruxos do que estamos acostumados. Felizmente, isso também é novidade para Scamander e, no decorrer do filme, isso acaba sendo bom, pois é com ele que nos identificamos e, quando explicam para ele essas diferenças, o público acaba compreendendo junto com o protagonista sobre este mundo bruxo dos Estados Unidos.

Eu não vou me aprofundar muito no enredo do filme, pois não quero dar nenhum tipo de spoiler que possa prejudicar a experiência como um todo. Mas teve algo que me agradou e que posso deixar explícito aqui: Animais Fantásticos e Onde Habitam não se baseia somente na captura destas criaturas. Essa é a motivação inicial do filme, porém existe uma história maior em volta do protagonista e, felizmente, é esse background que dá força para o longa prender a atenção do público durante pouco mais de duas horas de filme.


O elenco do filme está de parabéns. Eddie Redmayne, sem sombra de dúvidas, é o destaque deste longa. O ator consegue entregar uma carga emocional para Scamander, ao mesmo tempo que encaixa muito bem que a timidez e com a sensação de que ele está deslocado sempre. Isso faz com que o público sinta uma empatia enorme pelo personagem e se preocupe com o seu futuro na trama. O elenco todo está ótimo, mas existem mais dois nomes que merecem ser destacados: Dan Fogler e Colin Farrell. Os dois são importantíssimos para o filme, um como a válvula de escape para o lado cômico, enquanto o outro tendendo mais para o lado dramático.

Uma das críticas que eram feitas para o filme foi a escolha do diretor. Entretanto David Yates está muito bem no filme,conseguindo dividir o tempo de cenas do personagem e dirigindo um dos melhores efeitos especiais vistos no cinema neste ano. Talvez, a única coisa que me incomode, seja o excesso de aparatos, pois isso acaba fazendo com que o telespectador se perca no espaço-tempo do filme e não consiga se localizar. Acho que essa é a minha única crítica ao filme, pelo menos enquanto escrevo esta crítica.

Com certeza uma ótima escolha da Warner Bros para se retomar uma das maiores franquias do estúdio. Animais Fantásticos e Onde Habitam consegue funcionar como algo saudosista e também apresenta conceitos para uma nova saga no cinema. Depois de ver esse filme eu só posso dizer que confio em J.K. Rowling, pois ela tem o domínio deste universo e, com certeza, cuidará com muito carinho desta franquia e desta história.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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