sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Crítica de O Estranho que Nós Amamos

Filme: O Estranho que Nós Amamos (2017) 
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 10 de agosto de 2017 
Duração: 107 minutos 
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Colin Farrell, Oona Laurence, Nicole Kidman, Kirsten Dunst, Elle Fanning.

"Virginia, 1864, três anos após o início da Guerra Civil. John McBurney é um cabo da União que, ferido em combate, é encontrado em um bosque pela jovem Amy. Ela o leva para a casa onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth. Lá, elas decidem cuidá-lo para que, após se recuperar, seja entregue às autoridades. Só que, aos poucos, cada uma delas demonstra interesses e desejos pelo homem da casa, especialmente Edwina e Alicia."

O filme desta semana já está no imaginário dos críticos de cinema desde maio deste ano, quando foi apresentado no 70º Festival de Cannes. Ou também por ser um remake de longa com o mesmo nome lançado em 1971 e que tinha nomes como Clint Eastwood e Don Siegel. Pode haver alguém que também o conheça pelo livro escrito por Thomas Cullinan, que é o material original para a história contada.

“O Estranho que Nós Amamos” se passa durante a guerra civil americana e mostra como Martha Farnsworth, interpretada por Nicole Kidman, administra uma casa com meninas que estão sendo resguardadas da guerra. Isso muda quando uma das meninas acaba encontrando o cabo John McBurney, aqui interpretado por Colin Farrell. A partir disso, toda a trama é desenvolvida e podemos acompanhar como a presença do cabo e suas atitudes afetam cada uma das mulheres.

Dirigindo este filme temos a renomada Sofia Coppola, conhecida por ter ganhado o Oscar em 2003 com o longa “Encontros e Desencontros”. E, tecnicamente, a produção mostra o dedo da diretora. Temos um filme escuro, sem trilha sonora e “brincando” com o som dos pássaros. Além disso, a fotografia é bela e as tomadas escolhidas para a troca de cenas, apesar de parecerem repetitivas, não cansam e ajudam e ditar o ritmo do filme.

Além disso, cabe destacar aqui as atuações seguras e fortes de Elle Fanning e Kirsten Dunst. As duas têm uma relação e uma química forte com Farrell, ao mesmo tempo em que conseguem sustentar seus dramas sozinhas também. Na realidade, todo o filme é seguro e levanta diversos debates interessantes. O longa, por muitas vezes, me lembrou “A Casa das Sete Mulheres”, guardadas todas as devidas proporções.

Talvez falte algo para ele se tornar um grande filme, mas, com certeza, está entre os destaques de 2017. Seguro e tecnicamente perfeito, “O Estranho que Nós Amamos” é uma boa pedida para quem quer ir ao cinema. Vale lembrar aqui que o filme estreia na próxima semana, a partir do dia 10 de agosto, nos cinemas de todo o Brasil.

Guilherme Wunder

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