sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Crítica de Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Filme: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) 
País: França, China, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, EUA, Alemanha, Canadá e Reino Unido
Classificação: 12 anos
Estreia: 10 de agosto de 2017 
Duração: 137 minutos 
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Dane DeHaan, Cara Delevingne, Clive Owen, Rihanna, Ethan Hawke.

"Século XXVIII. Valérian é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline, por quem é apaixonado, em defesa da Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergaláticos. Quando chegam no planeta Alpha, eles precisarão acabar com uma operação comandada por grandes forças que deseja destruir os sonhos e as vidas dos dezessete milhões de habitantes do planeta."

No último final de semana estive na ComicCON RS, que aconteceu em Canoas. Na oportunidade, conversei com pessoas e assisti painéis que abordavam o filme desta semana: “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”. A produção é uma ficção científica baseada em um arco de HQs publicadas em 1975, na Bélgica.

O longa francês, dirigido por Luc Besson, chama a atenção por ter um elenco com poucos nomes conhecidos pelo grande público, apesar de ter um dos maiores orçamentos da França. Mas, se faltou grande investimento no elenco sobrou – no bom sentido – nos efeitos especiais, no desenvolvimento e na maquiagem das mais diversas raças alienígenas.

Apesar de poucos nomes conhecidos, o elenco tem qualidades. Talvez os destaques sejam os dois protagonistas: Dane DeHaan e Cara Delevingne. Principalmente a última, que interpreta a Sargento Laureline. Talvez seja porque não se vê ela como atriz, principalmente depois de “Esquadrão Suicida”, mas houve melhorias no trabalho da modelo e é nítida a força que ela consegue dar para sua personagem.

No filme, acompanhamos Valerian e Laureline, que são uma espécie de cadetes espaciais, que trabalham para o governo e, incumbidos de uma missão, acabam descobrindo uma conspiração dos seus superiores. Não quero aqui me aprofundar muito na trama por dois motivos: ela é apresentada logo no início e, depois de um tempo, acaba se tornando previsível.

Isso, com certeza, acaba prejudicando o desenvolvimento do filme. Sem falar que, apesar de atuarem bem, falta a química para as cenas românticas. Talvez eles funcionassem melhor como amigos que se alfinetam e criticam do que como casal. Além disso, por ter uma trama previsível, acaba ficando cansativo acompanhar mais de duas horas de filme.

Porém, por mais que esses pontos tenham me incomodado, não posso dizer que não me diverti com o filme e acho que esse é o objetivo da produção. Ela não se leva a sério e busca o entretenimento. Sem falar que existem claras referências e lembranças de filmes como Star Wars e Star Trek. O “problema” é que, com a concorrência destas franquias já consolidadas, pode ter faltado qualidade para que “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” também pudesse crescer. O que é uma pena.

Guilherme Wunder

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