sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Crítica de Pica-Pau

Filme: Pica-Pau
País: Estados Unidos
Classificação: 06 anos
Estreia: 05 de outubro de 2017 
Duração: 84 minutos 
Direção: Alex Zamm
Roteiro: Alex Zamm e William Robertson 
Elenco: Timothy Omundson, Thaila Ayala, Graham Verchere.

"O travesso Pica-Pau está metido em mais uma de suas insanas brigas por território. Os inimigos da vez são o vigarista Lance Walters e sua namorada Vanessa. Precisando de dinheiro, eles estão determinados a construir uma extravagante mansão na floresta e lucrar com sua venda, mas Pica-Pau também mora no terreno e não pretende deixá-los em paz."

Antes de lerem essa crítica, preciso que saibam que quem aqui escreve não é o público-alvo desse filme. Agora sim, feito essa primeira frase, vamos ao filme da semana (que estreia em cinco de outubro): “Pica-Pau”. Quem não conhece o famoso pássaro vermelho brincalhão e travesso que fez parte da vida de muitos dos leitores que acompanham este jornal? 

Pois é, infelizmente, a ideia do longa não é alcançar esse público através de um viés mais saudosista e sim se modernizar e conquistar um público mais jovem. Apesar de algumas referências ao desenho clássico, existe pouca relação entre o personagem que fez sucesso na TV e o que acompanhamos neste lançamento. 

Se ele consegue conquistar as crianças é difícil saber – apesar de que a maioria das crianças que estavam na sessão se divertiu – mas infelizmente faltou material ou até interesse para entreter o público que envelheceu e busca nostalgia com o filme. E isso que estamos falando apenas da busca pelo público-alvo da produção. 

Isso porque, quando se analisam as questões técnicas, independente do que se busca, é praticamente unânime que ele deixa muito a desejar. Primeiro na escolha do elenco. Os produtores optaram pelo live-action ao invés de animação, mas entregaram atores fraquíssimos para os papéis de relevância da produção. 

E, além das atuações fracas e caricatas, as linhas de diálogo são pobres e óbvias demais, demonstrando assim que o público-alvo do filme é realmente as crianças muito jovens e que, daqui a pouco, não conseguiriam compreender diálogos um pouco mais elaborados. Porém, para o público mais velho, doí nos ouvidos a obviedade e a falta de atuação dos atores. 

O novo filme do “Pica-Pau” definitivamente busca apresentar o personagem para um novo público e só saberemos com o tempo se eles acertaram na escolha do seu objetivo. Porém, o longa abriu mão do saudosismo e da nostalgia e isso pode incomodar e muito os antigos fãs. Somente o tempo para sacramentar qual foi a melhor escolha.

Guilherme Wunder

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