sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Crítica de Além da Morte

Filme: Além da Morte
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estreia: 19 de outubro de 2017 
Duração: 110 minutos 
Direção: Niels Arden Oplev
Roteiro: Ben Ripley 
Elenco: Ellen Page, Diego Luna, Nina Dobrev.

"Na esperança de fazer algumas descobertas, estudantes de medicina começam a explorar o reino das experiências de quase morte. Cada um deles passa pela experiência de ter o coração parado e depois revivido. Eles passam a ter visões em flash, como pesadelos da infância, e a refletir sobre pecados que cometeram. Os experimentos se intensificam, e eles passam a serem afetados fisicamente por suas visões enquanto tentam achar uma cura para a morte."

Seguimos na sequência de filmes de terror – acho que a maioria dos filmes aqui resenhados é do gênero. Nesta semana a produção assistida é “Além da Morte”, que estreou nos cinemas nesta quinta-feira, 19/10, em todo o país. O longa é dirigido por Niels Arden Oplev (Os Homens que Não Amavam as Mulheres) e tem como destaque do elenco Ellen Page (Juno). 

Na trama acompanhamos estudantes de medicina que começam a explorar e realizar experiência sobre a quase morte. Quatro dos cinco residentes que protagonizam o filme realizam um procedimento de ter o coração parado e depois revivido. O problema é que eles passam a ter visões, como pesadelos de infância e erros do passado. 

Com o passar do filme eles começam a ser afetados fisicamente por essas visões e tem que buscar uma forma de solucionar esse problema. A história é forte e tinha um bom plano de fundo para funcionar. Só faltou avisar o roteirista para que ele criasse uma trama que envolvesse e gerasse preocupação do telespectador com os personagens. 

E o problema nem passa pelo elenco, que tem nomes promissores, mas sim pela falta de desenvolvimento das histórias de cada um. Por causa disso, existem cenas forçadas e que insistem em um estereótipo como o do loiro playboy, por exemplo. Isso prejudica uma produção que tem a premissa interessante, mas que perde o fôlego com o decorrer da história. 

Para quem não sabe, o filme é um remake de “Linha Mortal”, dos anos 1990. Entretanto, não se tem nenhuma referência saudosista ao longa que não conseguiu alcançar o status de clássico. A única coisa que vem do filme anterior e a participação de Kiefer Sutherland. Esse total esquecimento da produção original já mostra que não existe um grande público fã daquele filme. 

E, talvez, ele devesse ter sido deixado assim. Não que o filme não seja bom. Mas falta a construção dos personagens e isso prejudica tanto no desenvolvimento do filme quanto na verossimilhança da história. Ainda mais quando se mexe com algo que já existia. Provavelmente o longa não fará o mesmo sucesso do original e deve cair no limbo. Entretanto, ele encontrará o seu público nas pessoas que gostam de uma produção de terror que abusa dos clichês de sustos.

Guilherme Wunder

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