sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Crítica de Sobrenatural: A Última Chave

Filme: Sobrenatural - A Última Chave
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estreia: 18 de janeiro de 2018 
Duração: 104 minutos 
Direção: Adam Robitel
Roteiro: Leigh Whannell
Elenco: Lin Shaye, Leigh Whannell, Angus Sampson.

"Elise Rainier é chamada para resolver o caso de uma assombração no Novo México. O que seria apenas mais um caso ganha ares especiais quando Elise descobre que a atividade sobrenatural está acontecendo justamente na casa em que ela passou a infância. Enquanto tenta resolver o caso do morador de sua antiga casa, ela será obrigada a confrontar vários fantasmas e demônios de sua infância, alguns literais. Ao lado de Specs e Tucker, Elise se depara com seu caso mais pessoal."

Começamos 2018 com um filme bem bom, seguido por um bem fraco. Pensei que agora seria a vez do bem bom novamente. Errado queridos leitores. Isso porque, em Sobrenatural: A Última Chave, voltamos a ter uma produção que fica difícil de defender. A única coisa que podemos dizer é que a franquia chegou ao fim. Pelo menos é o que esperamos.

No longa, que se passa antes do primeiro filme, acompanhamos a doutora Elise Rainier, interpretada por Lin Shaye, que é chamada para resolver o caso de uma assombração no Novo México, localizada justamente na casa em que ela passou a infância. Pois é. Agora descobrimos como tudo isso começou. Talvez agora o público entenda a origem deste universo. 

E, iniciando isso, já podemos dizer: que saudade da direção de James Wan. Não digo isso como uma crítica ao trabalho de Adam Robitel, mas é que a qualidade entre os dois é destoante. Enquanto Wan consegue construir filmes de terror com personagens profundos, Robitel constrói tudo voltado para aquele susto clichê de filmes de terror: um grito ou um contraste na iluminação. 

E eu digo isso com tristeza, pois gosto dos dois primeiros filmes da franquia e acho que esse último é superior ao terceiro longa-metragem. Os coadjuvantes, principalmente os ajudantes de Elise estão muito bem. E, por mais que isso seja bom, também é ruim. E aqui chegamos ao grande ponto que me preocupa e que me fez se decepcionar com a franquia: a falta de linearidade. 

Sinceramente não gosto de filmes que vão e voltam e no tempo, resolvendo contar uma origem no terceiro e quarto filme da franquia. Isso porque, o desenvolvimento do personagem não se encaixa. Falta algo. São aspectos simples e que os produtores não se preocupam, mas que o telespectador quer entender o porquê as atitudes de todos não mudam e amadurecem com o decorrer da franquia. 

Infelizmente Sobrenatural: A Última Chave decepciona. Quem vai ao cinema para se assustar e dar um grito, mas se esquecer de tudo 30 minutos depois, pode ir assistir. Agora, quem está acostumado com o terror de Wan ou filmes mais desenvolvidos, não gaste seu dinheiro. Espere que outros filmes de terror tomem o lugar.

Guilherme Wunder

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