sexta-feira, 20 de abril de 2018

Crítica de A Caminho da Fé

Filme: A Caminho da Fé
País: Estados Unidos
Classificação: ---
Estreia: 13 de abril de 2018 
Duração: 106 minutos 
Direção: Joshua Marston
Roteiro: Joshua Marston
Elenco: Chiwetel Ejiofor, Condola Rashad, Danny Glover

"O Bispo Carlton Pearson (Chiwetel Ejiofor) é um renomado pastor conhecido internacionalmente, que está passando por uma crise na fé. Arriscando sua igreja, a família e seu futuro, ele questiona a doutrina da igreja e acaba sendo marcado como um herege."

Nesta semana, por falta de grandes lançamentos no circuito nacional de cinema, este que vos escreve optou por escrever sobre um filme que, apesar de ter estreado direto na plataforma de streaming do Netflix, vem gerando debates e questionamentos. Estamos falando de “A Caminho da Fé”, protagonizado por atores como Martin Sheen e Chiwetel Ejiofor.

A produção foi realizada em 2017 e teve apresentação no Festival de Sundance, onde foi adquirido pela Netflix para ser distribuído no país inteiro. Para quem não sabe, essa é uma prática comum da empresa estadunidense de adquirir longas-metragens já concluídos e distribuir pelo mundo com o selo de exclusividade.

Para quem ainda não ouviu falar sobre a produção, ela conta a história do Bispo Carlton Pearson, um renomado pastor conhecido internacionalmente, que está passando por uma crise na fé. Arriscando sua igreja, a família e seu futuro, ele questiona a doutrina da igreja e acaba sendo marcado como um herege.

Os embates que ele levanta no decorrer do filme são fortes e bastante polémicos, se realmente adentrarmos no debate religioso em que ele se propõe. Contudo, apesar do filme ser baseado em uma história real e esse episódio ser verídico, religião, política e futebol são temas que não se discutem nesta coluna e vamos falar mais sobre a produção em si.

E, apesar de certas técnicas de filmagem que incomodam, a proposta alcança seu objetivo de explicar uma questão histórica e importante dentro dos Estados Unidos, abordando religião, crenças e homossexualidade de forma precisa e sem romantizar ou exagerar na ideia de mostrar o ponto de vista do pastor que dá origem a trama.

Isso porque a produção acerta em vários aspectos. Talvez o mais relevante seja em ter contado a história de um ponto de vista mais emocional e bem construído, ao invés de ter se aprofundado em discussões complexas e que poderiam assustar o telespectador comum, que busca na Netflix o entretenimento e o lazer.

Com certeza a discussão, se entrada no lado religioso, seria muito maior. Por isso indico que assistam ao filme com a mente aberta, compreendam o ponto de vista do Bispo Carlton Pearson e depois converse com este que vos escreve. Não precisamos concordar com ele e nem entre a gente, mas tem de se valorizar a importância do pensamento apresentado pelo religioso.

Guilherme Wunder

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