Filme: Praça Paris
País: Portugal, Argentina e Brasil
Classificação: 14 anos
Estreia: 26 de abril de 2018
Duração: 112 minutos
Direção: Lucia Murat
Roteiro: Lucia Murat e Raphael Montes
Elenco: Joana de Verona, Grace Passô, Alex Brasil.
"Rio de Janeiro. Camila (Joana de Verona) é uma terapeuta portuguesa que trabalha na UERJ, onde atende Glória (Grace Passô), ascensorista da universidade. Ao longo das sessões Camila se depara com uma realidade bastante violenta, já que Glória foi estuprada pelo próprio pai quando criança e seu irmão, Jonas (Alex Brasil), é um perigoso bandido que está na prisão. Cada vez mais assustada com os relatos que ouve, ela se sente ameaçada ao mesmo tempo em que Glória passa a vê-la como algo essencial em sua vida."
Talvez uma das produções mais politizadas feitas no Brasil nos últimos anos. Sei que essa premissa pode ser muito boa, mas que também pode causar desconforto ou receio de quem vai ao cinema. Isso porque, devido aos últimos fatos que a política do país está vivendo e os seus extremismos, as pessoas podem ficar com medo de sofrer de uma manipulação e exageros. Contudo não e espero que vocês se permitam assistir “Praça Paris”.
O filme acompanha a história de Camila, uma terapeuta portuguesa que trabalha na UERJ, onde atende Glória, ascensorista da universidade. Ao longo das sessões Camila se depara com uma realidade bastante violenta, já que Glória foi estuprada pelo próprio pai quando criança e seu irmão, Jonas, é um perigoso bandido que está na prisão. Cada vez mais assustada com os relatos que ouve, ela se sente ameaçada ao mesmo tempo em que Glória passa a vê-la como algo essencial em sua vida.
Não sei se, nesta ocasião em especial, comento sobre as atuações. Não que elas não sejam dignas de nota. Muito pelo contrário, todas as atrizes do longa-metragem conseguem entregar suas histórias com uma intensidade que poucas vezes se viu no cinema nacional. As duas protagonistas (Joana de Verona e Grace Passô) geram empatia e identificação nos dois públicos que poderão se identificar com a trama.
Contudo focarei no roteiro e na experiência que ele me passou. É possível gerar identificação com quem vê de fora a situação e muitas vezes acabam julgando e construindo preconceitos dentro do imaginário. Além disso, tem também quem vai se identificar com a realidade vivida por quem está nas favelas e acaba sendo menos favorecido por diversos aspectos, sejam eles pessoais ou sociais; e que mostra que nem tudo são flores.
“Praça Paris” tem de ser visto por todos e apresentado em escolas/universidades. Isso nas instituições públicas e privadas. Por quê? Por que é necessário para que todos possam se identificar e compreender as realidades, identificando-se com o personagem que mais se assemelha com a sua pessoa e acabando com os preconceitos existentes dentro da sua essência. Isso é bom e, com certeza, vai melhorar a sua experiência e valer de aprendizado para a vida.
Guilherme Wunder
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