sexta-feira, 11 de maio de 2018

Um bar que mistura cerveja e irmandade: conheça o Beer & Brow

Surgiu em março de 2012 o projeto embrionário que hoje os alvoradenses conhecem como Beer & Brow, que é a referência do rock gaúcho dentro do município. Localizado na Rua Dona Luisa Silveira Dias, Nº16, no Bairro Bela Vista, o estabelecimento sofreu reformas e, frequentemente, recebe nomes como Tonho Crocco e Cartolas para se apresentar de graça no local. 

Foto: Guilherme Wunder
O que muitos não sabem é que o ponto de encontro de muitos começou com uma loja de bebidas chamada de Quebra-Galho e que, antes do bar surgir como o público conhece, Rodrigo Carey teve que batalhar. “Eu fechei o bar e fui vender carne assada, mas não deu certo. Depois disso fui vender produtos coloniais e também não deu certo. Daí eu voltei a vender bebida. Eu tinha uma caixa de isopor e uns latões para vender”, explica o proprietário do bar. 

Contudo, o comerciante explica que, desta vez, notou que o seu público começou a beber no local e não levar para casa. Isso o surpreendeu, porque a ideia sempre era ser só um ponto de venda. “Depois de um tempo comecei a direcionar para que a galera começasse a frequentar e beber no bar. Com isso eu mudei, deixando de vender cerveja popular e sim comprando cervejas artesanais e chopes”, conta Carey. 

No início o objetivo era não vender comida e apenas bebidas, mas com a estagnação do negócio veio a ideia de começar a fazer hambúrgueres e aumentar o espaço. “Com isso ele começou a crescer, mas de forma devagar. Só que eu acreditava no trabalho e resolvi lançar as músicas ao vivo”, explica o proprietário do Beer & Brow. 

Música ao vivo 

Talvez esse seja o grande diferencial do estabelecimento. Isso porque, há cerca de três anos, Carey começou a convidar artistas consagrados do cenário do rock gaúcho, como Rafael Malenotti (Acústicos & Valvulados), Fabricio Beck (Vera Loca) e Tonho Crocco (Ultramen) para tocar no seu estabelecimento. Entretanto, ao contrário da maioria dos locais, o Beer & Brow não cobraria a entrada para quem quisesse assistir aos shows. 

Carey conta que o primeiro músico convidado foi o vocalista da Vera Loca e que havia o receio em chamar um cara com uma carreira conceituada para tocar em um bar pequeno. “Lembro que nós estávamos na dúvida se investia a grana com o cachê do artista ou com panfletos e publicidade. Eu tinha que fazer alguma coisa para que o projeto realmente crescesse”, confessa o dono. 

Depois disso o sucesso foi tanto que Carey teve de construir um novo bar, com dois andares, para comportar os shows e o público que frequentava o espaço. Com isso, ao lado do estabelecimento original foi construído um novo, com investimento alto, mas que, com o movimento do bar, foi possível pagar pela obra e não ficar com nenhuma dívida. 

Segundo o dono do bar, não tem nenhum outro estabelecimento no município com a proposta de trazer caras conceituados do cenário do rock gaúcho e não cobrar ingresso. “O que eu fiz em Alvorada ninguém nunca vai fazer e os caras ficam mordidos para eu trazer os caras e não cobrar. Só que eu não vou mudar minha ideologia. Eu quero ver 500 pessoas no meu bar e é o que está dando certo”, finaliza Carey. 

E esse pensamento de que as coisas estão boas também passa pelos clientes. Para Diego Lago, o estabelecimento tem uma proposta que faltava na cidade. “Eu frequento o lugar há bastante tempo. O que me chamou a atenção foi a bebida e o ambiente agradável. Não tínhamos um lugar para fazer um happy hour na cidade”, finaliza o alvoradense.

Guilherme Wunder

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