Foto: Guilherme Wunder |
A produção de curtas-metragens estudantis vem ganhando força em Alvorada desde o surgimento do Clube das 5 e dos festivais organizados pela entidade. Entretanto, existem projetos que estão alçando voos maiores e sendo reconhecidos em outras cidades, estados e até países. É o caso de “Se For Cair Se Atire”, obra desenvolvida pelos alunos da Escola Frederico Dihl.
O projeto teve início no ano passado, através de oficinas ministradas pelo professor André Bozzetti. Depois disso, os alunos que se interessaram – o projeto funciona de forma extracurricular – iniciaram as filmagens do curta-metragem, que foi premiado em Alvorada e em Campo Bom, além de estar concorrendo a um prêmio na Bahia e no Uruguai.
Segundo a diretora Rita de Cassia, quando ela iniciou sua gestão na instituição, a ideia sempre foi de trazer projetos extracurriculares para dentro da escola. A ideia era que os alunos não ficassem na rua durante o turno inverso e ocupassem a escola. Além disso, também existia a oportunidade de eles aprenderem coisas diferentes do que era obrigatório e visto no dia a dia.
Neste primeiro projeto, participaram os alunos Camilly Almeida, Ezequiel Moura, Gabriel Vanin, Nicolas Matos e Luísa Nunes. E a iniciativa foi tão proveitosa e satisfatória que uma nova leva de alunos já está produzindo um novo curta-metragem e os alunos que irão para o Uruguai pretendem gravar um documentário desta viagem. Tudo isso com os aprendizados das oficinas.
Para Luísa Nunes, esse projeto é bom para o reconhecimento das escolas e para as pessoas compreenderem que o projeto não é brincadeira. “Quando os alunos querem fazer alguma coisa eles conseguem e essa é a prova, porque a maioria das pessoas leva a sério as atividades normais da escola, mas quando é algo extra, elas desacreditam”, desabafa a estudante.
Camilly também enfatizou a força da comunidade escolar no desenvolvimento do filme e o reconhecimento com os prêmios. “Era um projeto onde ninguém acreditava que daria tudo isso e que seria reconhecido até fora do Brasil. Foi muito bom saber disso. Ninguém espera tanto de um filme escolar, mas ele foi levado a sério porque a gente levou a sério”, ressalta a alvoradense.
A diretora explica que a comunidade escolar está orgulhosa do trabalho desenvolvido e da força dos alunos neste projeto. “É o reconhecimento do trabalho que eles batalharam ao ponto de ser reconhecido fora de Alvorada, do Rio Grande do Sul e até do Brasil. Além disso, também fica o incentivo para os alunos que estão participando neste ano do projeto”, afirma Rita.
Além disso, a professora também conta que todos estão conscientes de que as indicações já podem ser consideradas vitória. “Nós também ensinamos sobre a importância da participação e não apenas da vitória. Somente a indicação do trabalho deles para representar a nossa escola e o nosso município já deve ser considerado motivo de alegria e comemoração”, enfatiza a diretora.
Segundo Camilly, a experiência foi tão satisfatória e gratificante que muitos podem ver esse projeto como uma carreira no futuro. “Além de ser legal ter participado esse projeto também nos traz o aprendizado. A gente não sabia nada sobre como fazer um filme, então nós poderemos levar isso para a vida e até seguir carreira nesta área”, conclui a alvoradense.
Guilherme Wunder
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