sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Crítica de Bohemian Rhapsody

Filme: Bohemian Rhapsody
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 01 de novembro de 2018 
Duração: 135 minutos
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Anthony McCarten
Elenco: Rami Malek, Gwilym Lee, Lucy Boynton

"Freddie Mercury e seus companheiros Brian May, Roger Taylor e John Deacon mudam o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen, durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas."

Essa semana o filme não será uma estreia nos cinemas, mas sim um dos com mais indicações ao Oscar 2019. Estamos falando de “Bohemian Rhapsody”, produção que conta toda a formação da icônica Queen. Estrelado por Rami Malek, o longa-metragem passou por bastantes polêmicas antes de ser lançado e coroado com indicações e conquistas na temporada de premiações. 

O filme conta a história de Freddie Mercury e seus companheiros Brian May, Roger Taylor e John Deacon mudam o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen, durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas. 

Sabe-se que o filme conta a história da banda, mas obviamente que a vida de Freddie Mercury é o foco da produção. Com isso, a atuação de Rami Malek acaba sendo um ponto crucial da trama. Visualmente está perfeito e, nas cenas onde não é necessário cantar, ator dá conta do recado. O problema é que estamos falando de Freddie Mercury e os momentos musicais são os mais emblemáticos. 

Nesse aspecto, Malek peca e não é pouco. Todos sabem que ele dubla no filme, mas falta verdade no trabalho dele. Peguei-me comparando-o com o que Andreia Horta fez no filme “Elis”. Ela também dubla, mas passa verdade. Todos acreditam que ela está cantando. No caso de Malek isso não existe. Falta verdade e isso prejudica muito o trabalho do ator. 

Além disso, a produção sofre com furos de roteiro e/ou histórias contadas de formas diferentes. Muitos são os fatos inventados ou adiantados/atrasados na narrativa do filme. Basta uma pequena pesquisa sobre licenças poéticas que foram tomadas para descobrir isso. Sem falar que o filme não traz nada realmente inédito. Todas essas histórias já eram de conhecimento do público por livros e documentários. 

“Bohemian Rhapsody” está longe de ser um filme ruim, ainda mais para mim que não conheço tão profundamente a história da banda. Contudo, não pode ser considerado o melhor filme do ano. Muito menos Malek pode ser visto como o melhor ator. A produção é boa por mexer com um fenômeno da cultura e que toca no coração de todos, porém peca nos aspectos técnicos de filme.

Guilherme Wunder

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