sexta-feira, 29 de março de 2019

Crítica de Gloria Bell

Filme
: Gloria Bell
País: EUA
Classificação: 16 anos
Estreia: 28 de março de 2019 
Duração: 101 minutos
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio e Alice Johnson Boher
Elenco: Julianne Moore, John Turturro, Caren Pistorius

"Uma mulher sozinha com 50 anos e espírito livre ocupa suas noites buscando amor em boates para adultos solteiros em Los Angeles. Sua frágil felicidade muda no dia em que conhece Arnold. Sua intensa paixão deixa ela alternando entre esperança e desespero, até ela descobrir uma nova força e que agora, surpreendentemente, ela consegue brilhar mais do que nunca."

Existem vezes em que produções leves e sem pretensões, que contam histórias de pessoas reais e verossímeis, ganham o espaço no cinema e no coração do público. Um diretor que consegue desenvolver projetos assim é o chileno Sebastián Lelio, que dirigiu o vencedor do Oscar de 2017, “Uma Mulher Fantástica” (categoria estrangeira) e o interessante “Desobediência”. Agora não foi diferente com “Gloria Bell”. 

O filme acompanha uma mulher sozinha com 50 anos e espírito livre, que ocupa suas noites buscando amor em boates para adultos solteiros em Los Angeles. Sua frágil felicidade muda no dia em que conhece Arnold. Sua intensa paixão a deixa alternando entre esperança e desespero, até ela descobrir uma nova força e que agora, surpreendentemente, ela consegue brilhar mais do que nunca. 

Primeiramente, para quem não sabe, este filme é um remake de obra de mesmo nome que foi lançado em 2013 e considerado o primeiro grande trabalho que catapultou o diretor chileno. Só que, ao invés de Paulina García, o filme é protagonizado por Julianne Moore. E, pode-se dizer, ela arrasa no papel de estrela do filme, entregando cenas fortes e intensas, indo do riso ao choro com uma naturalidade e talento raro. 

O filme é todo desenvolvido no entorno de Gloria. Mostra a realidade nua e crua, além da independência da mulher perante a sociedade. Ela não precisa de um homem para se divertir ou se sentir completa. Sem falar que o longa-metragem não cai para nenhum estereótipo, buscando retratar de forma coerente uma mulher que passa dos 50 anos e quer viver a vida. 

“Gloria Bell” é um projeto intimista. Não tem grandes orçamentos e nem busca bilheterias monstruosas. Ele é intimista e verossímil. Uma história que a gente não sabe que precisa conhecer até realmente conhecer. Mais um projeto interessante do cineasta chileno, que consegue aos poucos construir uma carreira coerente e instigante no cinema estadunidense.

Guilherme Wunder

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