sexta-feira, 27 de abril de 2018

Alvoradense se prepara para disputa de etapa do Circuito Brasil Sul de pesca esportiva

Existe uma cultura presente na vida do povo brasileiro há anos que é a pesca. Seja por causa dos índios ou pela religião e os feriados santos, essa prática sempre esteve inserida na realidade. Contudo, o que muita gente desconhece é que existem competições de pesca esportiva em todo o país, que não visam o abate do animal, mas sim o esporte e o turismo de determinadas regiões do Brasil. 

Foto: Divulgação
Aqui no Rio Grande do Sul, uma das principais competições é a pesca de robalo, que é um dos peixes mais esportivos na modalidade de iscas artificiais. Atualmente está acontecendo o Circuito Brasil Sul de pesca esportiva do robalo e, entre os competidos, existe um atleta conhecido da cidade. Ele é Eronil Gonçalves, proprietário da Harena Games, na Parada 50 da Avenida Presidente Getúlio Vargas. 

A competição teve início no dia 07 de abril, com a sua primeira etapa. Na oportunidade, Gonçalves ficou em segundo lugar com a sua equipe Monster. Atualmente ele e seus dois parceiros (Henry Pesse e Douglas Nunes) estão se preparando para a segunda etapa do torneio, que acontece no dia 05 de maio, em Tubarão, Santa Catarina. Depois disso ainda existem mais duas fases, onde pode haver um descarte e a soma dos resultados das demais define o vencedor do Circuito Brasil Sul de 2018. 

Segundo o pescador, a pesca com iscas artificiais é um esporte de inúmeros adeptos no Rio Grande do Sul e trata-se de uma pescaria com muita técnica e conhecimento. “Nós queremos estimular as pessoas que a pesca esportiva pode gerar mais renda do que a pesca tradicional. Nós queremos conscientizar a população de que gera turismo para toda a região”, destaca Gonçalves. 

O alvoradense conta que entrou no esporte mais como hobby e relaxamento do que realmente para competir. “Tira o estresse. A escolha inicial era para lazer, mas daí fomos adquirindo material e pegando gosto pela coisa. Faz sete anos que eu pesco, mas nos dois últimos comecei a pescar como esporte mesmo, com isca artificial e com pesca e solta”, relata o comerciante. 

Conforme ele, a escolha do peixe se deu porque é o que mais tem opções para pesca esportiva no Rio Grande do Sul. Já sobre a equipe, ele conta que a formação ocorreu por acaso. “A minha equipe é a Monster. Eu já era amigo de um deles e acabei conhecendo o outro parceiro em São Paulo, que compete conosco. Sempre que existem circuitos onde são permitidos três, a gente disputa juntos”, enfatiza o esportista. 

Gonçalves já pesca há sete anos, mas faz apenas dois que começou a disputar competições. Desde então teve a oportunidade de participar de duas etapas do Circuito Brasil Sul de 2017, além de uma competição interna da União Gaúcha de Pesca Esportiva (UGAPE), onde é o 1º secretário, e do torneio Sem Fronteiras, onde ficou em segundo lugar, perdendo por uma diferença de oito gramas para o primeiro colocado. 

A UGAPE foi fundada em 2013 com o objetivo de difundir e ensinar a pesca com iscas artificiais e a consciência ambiental através do pesque e solte. Hoje a associação é responsável por organizar as principais competições de pesca do robalo no estado. Um exemplo é o próprio Circuito Brasil Sul de 2018, que passará pelos rios Tramandaí, Tubarão, Araranguá e Mampituba. 

O alvoradense conta que, por faltar reconhecimento do esporte no estado, são poucos os empresários que investem no patrocínio de atletas que disputam a pesca esportiva. “Tudo sai do nosso bolso. No máximo os patrocinadores nos ajudam com o material, como iscas, camisetas e ilhas. Nunca procurei patrocinadores na cidade, porque ninguém investe em pesca esportiva no Rio Grande do Sul”, desabafa o atleta. 

Entretanto, mesmo com a falta de apoio, não falta vontade para que o atleta consiga correr atrás dos seus sonhos. Tanto é que ele já confirmou participação em mais um campeonato dentro do cenário brasileiro. “A maior competição do Brasil sobre pesca de robalo eu já estou inscrito, que é o campeonato da baia de Guaratuba. Ano passado tinham 180 barcos e esse ano eles estão esperando 250”, finaliza Gonçalves.

Guilherme Wunder

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