Foto: Fran Rebelattto/ Divulgação |
- Eu estava produzindo uma série de televisão na época e a gente fez um teste de elenco para um personagem pequeno, mas que para mim tinha muita importância e esse personagem acabou sendo Simone. Mas apesar da cena dela durar somente uma hora de produção, ela queria ficar, ver como era o ambiente de trabalho e foi muito bonito, porque para mim que vivo sempre de olho, procurando histórias, existia uma ambiguidade muito grande entre o masculino e o feminino dela e quase que instantaneamente e por frações de segundo era evidente uma história, uma história que me fez ficar amigo dela, fez com que ela contasse essa história e a partir dela eu disse que ali nós tínhamos um filme, a história de uma mulher que sempre se relacionou com mulheres e que por diferentes circunstâncias que justamente estava se passando naquela época, dizia estar com um homem pela primeira vez, era única.
O produtor nunca tinha produzido um longa-metragem ficcional, e relata que nem sentiu diferença entre esse trabalho e os documentários que já produziu, devido ao amor que sentiu contando à história: "Foi tão gostoso e tão feliz produzir esse longa como quando faço um documentário, não teve tanta diferença não, mas sinto que é um passo a frente, é um ponto de virada na minha vida profissional. Para mim tem um pouco mais de estrutura, pois tu pensa em equipe, set, uma fotografia mais complexa, pensa numa estrutura maior, mas a essência é a mesma." Zapata também fala sobre a receptividade do público com o filme Simone:
- O filme vai passando em semanas, na Colômbia durou 8 ou 9 semanas em cartaz e na última semana ele teve que sair, porque já tinham compromisso de lançamento de outros filmes, mas na última semana ele ainda estava lotando sessões. A gente ainda não conseguiu entender isso, ele começava com pouco público e ia aumentando. O boca a boca foi fundamental para isso e tu ires para sexta semana com mais público que na quinta e na quarta, isso é muito interessante, ainda mais que isso se repetiu no México, Colômbia e aqui em Porto Alegre, isso para nós é muito satisfatório, porque sentimos que o filme cumpriu com seu trabalho de comunicação com o povo. Nós não investimos muito em comunicação, porque não tinha grana, é um filme que foi feito com pouca verba, mas o boca a boca foi fundamental e acho que nós estamos sendo bem aceitos, a gente tem um público de quase 7 mil pessoas já, e ninguém esperava isso.
Para o futuro, o colombiano não pretende descansar e está com vários projetos, desde documentários à filmes ficcionais: "Estamos terminando um documentário que será lançado em março sobre as primeiras ambientalistas da América Latina, que são ambientalistas daqui, gaúchas, mas que trabalharam muito no mundo inteiro e foram pessoas que criaram muitas da leis ambientais que existem hoje em dia. E estamos fazendo um filme, que estamos terminando agora; tenho um projeto que se chama História de fronteira, que está em um processo de 30% e que quero terminar pelo fim desse ano e começo um filme novo, apoiado pela Petrobras em parceria com a Caixa de Elefante, é uma entidade que trabalha com teatro de bonecos e com eles estamos fazendo um filme vai durar três anos, acompanhando um processo criativo de uma cia de teatro, que a gente começou faz 2 meses. O produtor associado de Simone na Espanha, porque Simone é brasileira, colombiana e espanhola, está criando o roteiro que a gente vai produzir junto em 2015, mas isso é segredo ainda. Estou terminando um roteiro que se chama 2037, ficcional também, então estou em 30 mil coisas."
Guilherme Wunder
Foto: Divulgação |
- O filme vai passando em semanas, na Colômbia durou 8 ou 9 semanas em cartaz e na última semana ele teve que sair, porque já tinham compromisso de lançamento de outros filmes, mas na última semana ele ainda estava lotando sessões. A gente ainda não conseguiu entender isso, ele começava com pouco público e ia aumentando. O boca a boca foi fundamental para isso e tu ires para sexta semana com mais público que na quinta e na quarta, isso é muito interessante, ainda mais que isso se repetiu no México, Colômbia e aqui em Porto Alegre, isso para nós é muito satisfatório, porque sentimos que o filme cumpriu com seu trabalho de comunicação com o povo. Nós não investimos muito em comunicação, porque não tinha grana, é um filme que foi feito com pouca verba, mas o boca a boca foi fundamental e acho que nós estamos sendo bem aceitos, a gente tem um público de quase 7 mil pessoas já, e ninguém esperava isso.
Foto: Zapata Filmes |
Guilherme Wunder
Nenhum comentário:
Postar um comentário