sexta-feira, 22 de junho de 2018

Crítica de Desobediência

Filme: Desobediência
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estreia: 21 de junho de 2018 
Duração: 114 minutos 
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola

"A fotógrafa Ronit (Rachel Weisz) retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância (Alessandro Nivola), para sua surpresa atualmente casado sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams)."

Um dos filmes mais pesados e polêmicos (não sei se é essa a palavra correta) que chegou ao cinema neste ano. Digo que não se posso classifica-lo como polêmico, pois a mim ele não incomoda tanto em alguns aspectos, mas acredito que a grande maioria das pessoas pode sim se sentir relutante em assistir ao longa-metragem e compreender a mensagem que ele traz.

O filme conta a história da fotógrafa Ronit, que retorna para a cidade natal pela primeira vez em muitos anos em virtude da morte do pai, um respeitado rabino. Seu afastamento foi bastante abrupto e o reaparecimento é visto com desconfiança na comunidade, mas ela acaba acolhida por um amigo de infância, para sua surpresa atualmente casada sua paixão de juventude, Esti.

Para quem não sabe, a produção conta com direção do argentino Sebastián Lelio, conhecido por dirigir “Mulher Fantástica”, vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro. Para quem assistiu ao filme, sabe que o diretor desenvolve temas complexos, porém necessários, em debates bem construídos. Em “Desobediência” isso não é diferente.

O filme é angustiante e, mais uma vez, Sebastián Lelio consegue desenvolver temas complexos e relevantes atualmente para o cinema. É mérito do argentino, que consegue fazer com que essas pautas cheguem as grandes telas. Não me surpreenderá mais uma indicação para o cineasta nas premiações de final de ano.

O diretor consegue entregar mais um trabalho surpreendente, mas muito graças à entrega de emoção e verossimilhança de todo o elenco, que constroem cenas coesas e intensas, ao ponto de criar apreensão, angustia e empatia entre quem está assistindo ao filme e os atores. Todos tem seu destaque em tela, mas buscam sempre o sucesso do filme.

“Desobediência” é intenso e deve sim ser assistido por todos, por mais que gere a incomodação. Na realidade creio que isso é necessário e que a intensidade do longa-metragem contribuirá para que essa angústia seja sentida por todos. Uma história forte, onde o sentimento e a religião são afrontados forte e assertivamente.

Guilherme Wunder

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