sexta-feira, 15 de março de 2019

Crítica de Um Funeral em Família

Filme: Um Funeral em Família
País: EUA
Classificação: 12 anos
Estreia: 04 de abril de 2019 
Duração: 109 minutos
Direção: Tyler Perry
Roteiro: Tyler Perry
Elenco: Tyler Perry, Patrice Lovely, Cassi Davis

"Madea e seus companheiros achavam que estavam indo para uma reunião de família como outra qualquer. Porém, tudo se transforma em um pesadelo quando de repente eles precisam planejar um funeral no meio de sua viagem a Georgia."

A primeira bomba de 2019. Não tem forma melhor de definir a comédia “Um Funeral em Família”, que deve estrear no começo de abril. Um filme que poderia ser engraçado se soubesse quando uma piada deve encerrar. Sem o dinamismo necessário, atores conhecidos como Tyler Perry (Vice), Jen Harper (Felicidade por um Fio) e Aeriel Miranda (Straight Outta Compton); acabam sucumbindo e não conseguem entregar boas atuações. 

O filme acompanha Madea e seus companheiros que achavam estar indo para uma reunião de família como outra qualquer. Porém, tudo se transforma em um pesadelo quando de repente eles precisam planejar um funeral no meio de sua viagem a Georgia. Isso devido ao falecimento de um dos aniversariantes. Basicamente é uma confusão só e sem nenhuma verossimilhança. 

Esse foi mais um filme protagonizado por Madea. Na realidade, sabe-se que pelo menos sete longas-metragens desde 2006 contam histórias desta personagem. Muitos deles sequer foram lançados no Brasil. Talvez “Um Funeral em Família” seja o primeiro a ter ganhado uma chance no cinema. Não posso afirmar isso, mas posso prever que deve ser a última chance também. 

Tudo devido à falta de dinamismo ou tempo de comédia. Existem cenas que até arrancam risos (se for feito bastante força), mas elas se arrastam demais. Falta a velocidade do esquete. São dez minutos remoendo uma piada que já era forçada, como tudo no filme. O quinteto de idosos é maçante demais, apelando para piadas de cunho sexual ou físico há todo momento. 

Cansa demais porque não existe gancho e nem papel no desenvolvimento da história. Acaba truncando tudo. No cinema eu só pensava em quando eles iam sair de cena. O outro grupo de protagonistas até que conseguem levar a história. Obviamente que não existe profundidade e nem grandes atuações. É uma novela costurada e que não apresenta nada que gere identificação ou empatia com o público. 

“Um Funeral em Família” funciona com dois núcleos. Idosos tarados de um lado, problemas amorosos no outro. Tudo isso ridicularizando os negros e sua cultura, criando estereótipos – ou reforçando eles – ao invés de se trabalhar com a subversão destes valores. Obviamente que a ideia é fazer um humor escrachado e sátiro, mas a falta de tempo de comédia faz com que vire a primeira bomba de 2019.

Guilherme Wunder

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