quarta-feira, 9 de julho de 2014

Na boleia com Vinny

O músico, cantor e compositor Vinny está no mercado fonográfico desde 1991. O artista, que antes de partir para a carreira solo, tocou em uma banda de hard rock, chamada Hay Kay, conta como começou sua trajetória no mundo da música: "Acho que uma carreira começa pra cada um em momentos distintos, e no meu caso foi desde que me identifiquei com a música mais do que com qualquer outra coisa que eu poderia vir a fazer. Então a primeira vez que peguei um instrumento e decidi tocar para pessoas assistirem é quando considero que começou minha carreira. Naquele momento eu tinha 15 anos e foi a primeira vez que toquei para um público."

Foto: Divulgação
O músico que já havia flertado com o sucesso ainda tocando com a Hay Kay, onde emplacou a música "Segredos", que foi trilha sonora da novela Vamp, teve seu grande sucesso no álbum "Todomundo", de 1997. O single "Heloisa, Mexe a Cadeira", estourou nas paradas de sucesso do país e é a música mais conhecida da carreira do cantor. Vinny conta que já havia estado perto do mainstream e do sucesso, mas que não esperava toda essa proporção e reconhecimento.

- Quando saiu "Mexe a Cadeira", eu já havia tido outras experiências, então fiquei batendo na porta e voltando. Então a ficha caiu quando ouvi um Dj que ficava em frente ao meu prédio mixando a minha música. Foi quando falei "caraca, que isso cara? Como que chegou ali?!" e duas semanas depois, todo o lugar que eu ia, estava tocando. Foi de forma muito espontânea porque não tinha grana pra investir, minha produtora era pequena pra bancar, então foi natural, uma surpresa, inclusive. Era uma música que eu não queria, era a última do disco. Foi uma brincadeira, não apostava nem um centavo nela.

Foto: Divulgação
Sobre como a canção foi composta, o cantor fala que a ideia de uma música assim surgiu depois de ouvir "A Namorada", do Carlinhos Brown, em uma festa, "eu vi uma guria dançando de um jeito muito sensual, e essa imagem ficou na minha cabeça. Quando estávamos acabando o disco, como eu disse, foi a última música a entrar, dai eu ficava na varanda do meu apartamento, lembro até hoje, lá na tijuca, com a guitarra desligada, minha mulher dormindo e eu na rede, pensando em fazer uma coisa meio "dançante". Me baseei em uma base que pensava ser assim e o riff saiu. Foi numa brincadeira mesmo, nunca imaginei que isso ia virar meu sobrenome."

Além de músico, Vinny agora também é formado em filosofia e cursa ciências sociais em uma universidade argentina. Apaixonado por filosofia, o cantor pretende se tornar professor em breve, e assim encerrar sua carreira como músico: "Em algum momento eu não irei fazer mais o que faço, que é a música. Pode ser que eu continue gravando em casa, mas viajar e fazer turnê, não mais. Em março passei por Manaus, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Argentina e França. Se eu não estivesse tocando, teria mais tempo para me dedicar aos estudos. Mas ainda sinto a vontade de tocar e não quero parar com isso por enquanto."

Foto: Divulgação
Sobre como ele acha que será a reação dos alunos ao entrarem em uma sala de aula e virem o Vinny, do Mexe a Cadeira como professor, o músico se diz ansioso para quando esse dia chegar "Eu tenho esperança que seja bacana, uma coisa primeiro engraçada, depois interessante e por fim surpreendente. Essa é a ideia, que seja bom e visto pelo valor que tenho como professor, não como artista. Mas é uma coisa que não tem como evitar, pelo menos por um tempo vai ser uma coisa que terá sempre."

O que vem por ai

Para o futuro o cantor pretende concluir a produção do seu décimo terceiro disco na carreira, intitulado "13!', que já saiu em um compacto com duas músicas em 2012, mas que pretende lançar o álbum completo logo após a copa: "Estamos na fase final da história, falta algumas guitarras e depois as gravações das vozes e a mixagem, masterização e depois a prensagem." Além disso, Vinny também está escrevendo um livro para ser lançado até 2015. O romance contará a história de um assassino argentino, muito conhecido por ser um infanticida.

- E ele foi tão importante que dentro da penitenciária, num quarto onde ele habitava existe uma espécie de estátua de um cara. Eu achei aquilo meio bizarro, que fosse uma apologia ao infanticida. Não é nenhuma crítica ao modo de ver, mas eu achei curioso e comecei a pesquisar um pouco sobre a história dele.

Guilherme Wunder

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