sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Preparador físico do Gwangju F.C. da Coreia do Sul, Guilherme Rondon, conta sobre sua relação com Alvorada

Foto: Divulgação
O futebol é um esporte badalado, principalmente no Brasil, onde arrasta multidões aos estádios e arenas. Contudo, muitas vezes, somente o jogador e, no máximo, o treinador ganham destaque e visibilidade no cenário ao ponto de serem reconhecidos na rua e pelos seus fãs. Porém existem profissionais de suma importância para o desenvolvimento do esporte, como fisioterapeuta e preparador físico, por exemplo. 

Essa última função citada ganha importância na reta final de cada temporada, quando salientam a condição física dos atletas que disputaram uma maratona de jogos durante um ano inteiro. E, dentre tantos nomes que exercem a profissão de preparador físico no mundo, está Guilherme Rondon, que trabalha no Gwangju F.C. da Coreia do Sul. O grande destaque disso tudo é que Rondon se transferiu recentemente de Alvorada para trabalhar lá no continente asiático. 

Rondon tem 35 anos e vem de uma família tradicional e conhecida na cidade, os Monroe. Na cidade ele nasceu e morou em diversos locais da cidade, tendo residência no Bairro Porto Verde, onde pode viver em 2017, quando trabalhou no Sport Club Internacional. Ainda em Alvorada, Rondon iniciou a carreira no esporte, muito por causa de sua paixão pelo futebol, onde ele sempre quis e soube que iria trabalhar. 

O profissional conta que sua relação com Alvorada é muito boa e que toda sua família ainda mora no município. Tanto é que morou na cidade no ano passado, quando trabalhou em Porto Alegre. “Minha família, minha avó, minhas tias e meus amigos todos moram até hoje na cidade e, sempre que tenho a oportunidade, levo o nome da cidade junto comigo”, ressalta o preparador físico. 

Aos 18 anos iniciou a faculdade de educação física e, aos 20 anos, foi chamado para trabalhar no RS Futebol, em Alvorada. Lá ele dava aula nas escolinhas da instituição. “Foi exatamente nesta fase que vi que iria trabalhar com preparação física. Isso porque, quando cheguei ali, comecei a auxiliar o preparador físico do clube durante a pré-temporada. Todos os detalhes do condicionamento físico me cativaram a seguir estudando e poder ser preparador físico de clubes profissionais”, relata o alvoradense. 

Depois do RS Futebol, Guilherme Rondon passou por diversos clubes e projetos durante sua carreira. Algumas das passagens que o alvoradense mais se orgulha de ter trabalhado foram no Gama, do Distrito Federal, onde eliminaram o Vasco da Gama de Romário da Copa do Brasil; no Atlético-GO, onde todo o projeto de futebol foi iniciado e que culminou nos acessos do clube goiano até a primeira divisão nacional. Além disso, Rondon passou pelo São José, Brasil de Farroupilha, Lajeadense, Ypiranga; entre outros clubes do Brasil. 

Falando sobre sua passagem na Coreia do Sul, onde trabalha como preparador no Gwangju F.C.; Rondon relata que essa experiência só foi possível graças ao seu bom trabalho no Brasil. Isso porque, muitos dos atletas e empresários que conheceram o seu trabalho, acabaram indicando o profissional para os clubes asiáticos e isso fez com que o nome do profissional começasse a ser lembrado fora do Brasil. 

O primeiro convite surgiu em 2012, quando foi chamado para trabalhar na África do Sul. Na época, Rondon conta que optou por ficar no Brasil e concluir seu trabalho no Metropolitano, de Santa Catarina. Logo depois disso, ele acabou sendo chamado para trabalhar no mesmo time em que está atualmente. Isso foi em 2014 e por lá o profissional permaneceu de 2014 a 2016. Depois voltou para o Brasil, onde trabalhou no Sport Club Internacional em 2017 

Rondo conta que tem vários sonhos e desejos pessoais para o decorrer da sua vida. Um deles é fazer algo destinado ao esporte em Alvorada e a ideia de Rondon é de que, em cinco anos, ele consiga tirar esse projeto do papel. Além disso, também existe o programa Treinamento no Futebol, que foi desenvolvido pelo alvoradense e que já está iniciando. “É um projeto de capacitação para profissionais que querem trabalhar no futebol e não sabem como fazer. Assim eu consigo ajudar as pessoas que estão passando pelas dificuldades que passei quando iniciei. Por isso quero forma-los e o grande objetivo é ter uma espécie de universidade que desenvolva isso”, salienta o preparador físico. 

O preparador físico conta que o seu maior sonho já está planejado, tendo inclusive um prazo para ser alcançado. Em até dez anos, Rondon quer ser o preparador físico da Seleção Brasileira principal. Segundo ele, essa vontade vem desde que decidiu que exerceria a profissão. “Eu vou trabalhar até eu conseguir, pois eu não trabalho para conseguir. Seguirei trabalhando até conquistar o meu sonho”, finaliza o alvoradense.

Guilherme Wunder

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