Foto: Marian Starosta |
Desde 1979 trabalhando no mercado fonográfico gaúcho e com a visão do que evoluiu, ou não, do cenário musical aqui do Rio Grande do Sul. Esse é o músico, cantor, compositor e escritor Nei Lisboa, 56 anos, que tem mais de dez álbuns lançados e que é conhecido em todo o país.
Gaúcho de Caxias do Sul, Nei começou a carreira ainda dentro da universidade, nos anos 70. Tudo acontecia dentro da UFRGS e dos festivais Musipuc (festival de música popular que ocorreu entre 1971 e 1978, em Porto Alegre): "Em seguida fiz shows em teatro, comecei a rodar em rádio, em fitas demo, e isso foi o ponto de partida para um primeiro disco e todo o resto."
Foto: Emílio Pedroso |
O músico também é escritor e já lançou dois livros: 'Um Morto Pula a Janela' e 'É Foch!'. Apesar disso Nei Lisboa não pretende seguir essa carreira: "É uma atividade ocasional, não profissional, e despretensiosa. Dito isto, tenho um enorme prazer de mergulhar na escrita, acho a rotina do ofício até mais apaixonante que a da composição."
Apesar de seguir carreira solo há muitos anos, Nei iniciou ao lado do guitarrista Augusto Licks (Engenheiros do Hawaii), mas mesmo assim não seguiu em uma banda, preferindo fazer shows sozinho: "Na época em que comecei isso era mais comum e natural, formar uma banda é que era a exceção. E meu ímpeto sempre foi o de cantautor, de trabalho autoral e individual."
Foto: Ricardo Wendland |
Com mais de 35 anos de carreira, o músico participou de diversos movimentos do cenário musical aqui do Rio Grande do Sul. Nesse período ele pode avaliar o atual momento da música por aqui e chegar a conclusão de que apesar da profissionalização ainda existe pouco espaço para quem quer surgir para esse mundo:
- A internet é que tem cumprido a função de apresentar e dar vazão a novidades, enquanto o poder público padece da falta de verbas, e a indústria cultural se abriga da crise com produtos de alta vendagem e pouca substância cultural.
O que vem por ai!
Atualmente o músico trabalha em seu novo trabalho, que deve ser gravado no meio do ano, mas que ainda não tem previsão de lançamento: "Venci um edital da Natura para um disco ao vivo, a ser gravado em meados do ano. Então estou focado sobretudo na pré-produção desse CD. E na estrada com o show, sempre que chamado."
Guilherme Wunder
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