segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Crítica de Cinquenta Tons de Preto

Filme: Cinquenta Tons de Preto (2016)
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 03 de março de 2016
Duração: 92 minutos
Direção: Michael Tiddes
Roteiro: Marlon Wayans e Rick Alvarez
Elenco: Marlon Wayans, Kali Hawk, Mike Epps, Jane Seymour, Fred Willard, Affion Crockett, Kate Miner

"Christian Black é um empresário milionário, que recebe a estudante Hannah em seu escritório. Insegura e simplória, ela foi no lugar da amiga Kateesha para fazer uma entrevista para o jornal da faculdade. Não demora muito para que eles flertem entre si, apesar das trapalhadas cometidas por Hannah. Black passa então a rondá-la, disposto a atraí-lo ao mundo secreto e cheio de brinquedinhos que armazena em seu luxuoso apartamento."

Para quem não sabe, Cinquenta Tons de Preto é mais uma comédia com o Marlon Wayans que satiriza algum filme que está na boca do povo. O escolhido dessa vez foi o longa-metragem Cinquenta Tons de Cinza, que causou furor no público que havia lido os livros e tristeza aos críticos que puderam analisar o quão fraco é o filme. 

Nesse sentido, a paródia funciona muito bem. O diretor Michael Tiddes grava as cenas do mesmo ângulo, enquadramento e estilo ao original, criticando os erros e absurdos do material original. Isso valoriza o valor que o filme teria como uma crítica ao filme. Essa ação consegue dar um destaque maior aos absurdos do original e é um ponto positivo nessa produção.

Foto: Divulgação
A produção tem boas sacadas, com referências a outros filmes de Wayans, com destaque para As Branquelas. Além disso, Tiddes consegue ser sarcástico e ácido com algumas piadas diretas ao seu material original. Isso porque não tem como não rir com a sessão de tortura feita com a leitura do livro que foi adaptado.

O problema do filme é o excesso de piadas. Óbvio que algumas funcionam, o problema é que Wayans, que também é roteirista do longa, sabe quais funcionam e acaba as esgotando com a repetição. Isso sem falar nas piadas de cunho racista e homofóbico. Não havia necessidade de se utilizar deste tipo de piada para fazer uma paródia, até porque o material original já renderia boas tiradas.

Em um momento (quando o longa foi lançado) em que se briga por diversidade nas premiações do Oscar e de diversos movimentos sociais ganhando força pelo mundo, piadas como as feitas no filme não cabem mais. Infelizmente essa paródia que tinha tudo para ser a melhor já produzida por Wayans, perde fôlego e simpatia do público por partir para um perfil mais preconceituoso.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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