quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Crítica de 12 Horas Para Sobreviver – O Ano da Eleição

Filme: 12 Horas Para Sobreviver - O Ano da Eleição (2016)
País: EUA
Classificação: 16 anos
Estreia: 06 de outubro de 2016
Duração: 109 minutos
Direção: James DeMonaco
Roteiro: James DeMonaco
Elenco: Frank Grillo, Elizabeth Mitchell, Mykelti Williamson, Joseph Julian Soria.

"O policial Barnes agora é o principal responsável pela segurança da senadora Charlene Roan, que planeja acabar de uma vez por todas a noite de crime. Em plena época de eleições, ela é uma das melhores posicionadas nas pesquisas e nova inimiga número um dos criminosos, que se armam para eliminá-la de qualquer jeito."

Esse é o terceiro filme da franquia, que tem como premissa mostrar as ações e insanidades que acontecem na Noite do Crime. Nesse universo distópico dos Estados Unidos existe uma noite do ano onde todos os tipos de crimes são liberados, mantendo a mesma ideia utilizada nos outros dois longas: Uma Noite de Crime (2013) e Uma Noite de Crime: Anarquia (2014).


Porém, aqui a história contada é a da senadora Charlene Roan, interpretada por Elizabeth Mitchell, que vivenciou a morte de toda sua família durante uma edição desse "feriado". Querendo a mudança, Charlene se candidata a presidência dos EUA para banir esse dia do calendário de uma vez por todas. O problema é que uma parcela da população e dos políticos no poder não querem que essa data deixe de existir e aproveitam a própria Noite do Crime para matar a senadora.

Um dos pontos positivos do filme é que eles souberam construir muito bem a motivação de todos os personagens e não apenas da senadora. Todo o elenco tem um objetivo na trama e isso faz com que o público abrace os personagens e se preocupem com as suas histórias. Com certeza esse é um ponto de destaque, mas que tem o seu lado negativo. Isso porque, apesar de construir muito bem suas motivações, faltam histórias que contextualizem tais personagens. Talvez, se existisse um cuidado com essa parte, o envolvimento do telespectador e até a identificação poderiam ser bem maiores.


Outro ponto negativo do longa é que o roteiro caminha para construir cenas que gerem mortes absurdas e apresente a insanidade das pessoas durante aquela noite. 12 Horas Para Sobreviver - O Ano da Eleição abusa de corpos amostra e obscenidades com o objetivo de chorar que está no cinema, seja pela sua crueldade, insanidade ou até bizarrice e incoerência. A trilha sonora é algo que merece destaque. Toda ela foi construída para crescer junto com o filme e as cenas se encaixam muito bem com algumas das canções presentes no longa. É possível notar isso tanto nos momentos de ação com em cenas mais dramáticas. 

O filme tem verossimilhança e é possível sim acreditar naquele universo distópico. Isso porque, apesar de insano, as motivações fazem sentido e tem coerência com o que é apresentado. Até as mortes cruéis não forçam tanto a barra, claro que dentro do universo construído por James DeMonaco. Porém faltam algumas coisas para que a produção consiga abordar de maneira completa todo o debate social que existe no subtexto do filme.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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