sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Crítica de Bright

Filme: Bright
País: Estados Unidos
Classificação: 16 anos
Estreia: 22 de dezembro de 2017 
Duração: 118 minutos 
Direção: David Ayer
Roteiro: Max Landis
Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Lucy Fry.

"Em um mundo futurista, seres humanos convivem em harmônia com seres fantásticos, como fadas e ogros. Mesmo nesse cenário infrações da lei acontecem e um policial humano especializado em crimes mágicos é obrigado a trabalhar junto com um orc para evitar que uma poderosa arma caia nas mãos erradas."

Nesta última semana do ano a pauta é um filme diferente e que chegou às plataformas de streaming – Netflix – na última semana. Como estamos em um período de recesso, mas os leitores não podem ficar sem a dica semanal de filmes, optamos por trazer para os assinantes do Jornal A Semana a crítica de Bright.

Cabe ressaltar, antes de qualquer coisa, que a produção é a mais cara já desenvolvida pela Netflix e que uma sequencia já foi confirmada. Agora vamos às características deste filme que chegou com uma expectativa imensa e, apesar de bom, causou certa decepção em quem esperava algo estrondoso. Isso inclusive é um problema da empresa, que consegue entregar ótimas séries, mas ainda não tem a mesma credibilidade com longas-metragens. 

O que podemos dizer que deu certo neste filme? Um dos fatores é a parceria entre os policiais, que faz lembrar produções como Bad Boys e Máquina Mortífera. Isso porque, sem sombra de dúvidas, a relação de parceria e ódio entre os dois funciona muito bem e faz com que o público acredite no que está acontecendo e se preocupe com o futuro dos personagens. 

Porém, infelizmente, só a sintonia dos protagonistas não é o suficiente para garantir o sucesso. E o grande problema de Bright está no seu roteiro, escrito por Max Landis, que escreveu a primeira temporada de Dirk Gently. Isso porque parece que existia certa pressa em apresentar todos os conceitos e as mais diversas reviravoltas e problemas. 

Parece que faltou um foco e o filme acaba apresentando uma narrativa que tenta ser repleta de reviravoltas, mas acaba sendo anticlimática e cansativa. Infelizmente, a direção resolve ficar desenvolvendo coisas demais e explicando tudo de forma mastigada, sem contar com a inteligência e participação do telespectador que quer curtir aquela experiência junto. 

Bright é um filme que gasta tempo demais se explicando e funcionaria muito bem se não fosse a pressa da narrativa. Com o excesso de elementos a serem apresentados de uma vez, acaba que não sobra tempo para um desenvolvimento coerente do que se quer, sobrando apenas tempo para tiros e sangue, com uma reviravolta de conto de fadas.

Guilherme Wunder

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