Foto: Arquivo Pessoal |
Foi realizado no ultimo final de semana, na Igreja Santo Antônio, a missa e almoço de celebração dos 30 anos do padre Libanor Picetti no município. Durante todo esse período, Picetti esteve presente na paróquia, localizada na Rua Primavera, Nº 414, no Bairro Formoza. Ali participou da construção da atual igreja e também desenvolveu uma série de projetos sociais.
Em entrevista à reportagem do Jornal A Semana, Picetti conta que nasceu em Garibaldi e, somente aos 19 anos, entrou para o seminário para estudar e ser padre. Na época ele tinha até namorada, mas acabou abrindo mão para poder seguir sua vocação. “Eu sempre tive um pouco essa vontade, mas nós éramos muito pobres para poder ir ao seminário. Nós não sabíamos que, mesmo que não tinha condições financeiras poderia estudar. Somente aos meus 19 anos que conversei com o meu pai e com o meu padrinho sobre minha vontade. Eles me ajudaram a entrar no seminário de Farroupilha”, explica o padre.
Antes de vir para Alvorada, em 1988, Picetti também passou pela Capela São Luiz, no interior de Garibaldi. Em seguida foi para São Luís do Maranhão, onde fundou o Albergue João Calábria – que funciona até hoje. Contudo, após um ano voltou ao Rio Grande do Sul, por ocasião do falecimento de seu pai. Mais tarde também perdeu sua mãe Domingas.
Antes de chegar à Paróquia Santo Antônio, esteve à frente da Paróquia São Luiz, em Canoas, quando recebeu o convite do Bispo Diocesano para trabalhar em Alvorada a titulo de experiência, por um período de 15 dias. Por aqui haviam passado quatro padres em dois anos e ele aceitou esta nova missão, chegando a Alvorada em 14 de fevereiro de 1988.
Picetti conta que, quando chegou ao município, quase acabou desistindo da missão. Isso porque haviam passados quatro padres durante dois anos na paróquia. “Eram quatro horas da tarde e eu só não fui embora porque não tinha carro e não sabia pegar ônibus. Assustou-me que só tinham 150 pessoas no dia da minha posse. Eu era acostumado com igrejas cheias e aqui não era assim. De tarde me deu uma tristeza e eu quase fui embora”, relata Picetti.
O padre fala ainda da importância dos seus projetos sociais, tanto com crianças quanto também com os adultos da cidade. Segundo ele, todo esse lado de ajudar as pessoas tem de andar junto com o lado religioso. “É sempre um trabalho que tem que andar junto. Eu não posso deixar o trabalho espiritual de lado, mas o social tem que ir junto. Eu tenho que olhar para o ser humano como um todo. Não adianta eu dizer que Deus te ama se eu não der um prato de comida para quem está com fome”, justifica.
Sobre sua relação com Alvorada e a paroquia Santo Antônio, o padre conta que não trocaria o município por nenhuma outra comunidade. Isso independente da proposta ou da cidade. “Já estou há 30 anos aqui. Quero trabalhar até os meus 95 anos [hoje Picetti tem 67]. Então podemos dizer que vou trabalhar por mais 30 anos e, minha vontade, é que eles sejam aqui em Alvorada”, finaliza o padre Libanor.
Guilherme Wunder
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