sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Crítica de Trama Fantasma

Filme: Trama Fantasma
País: Estados Unidos 
Classificação: 12 anos
Estreia: 22 de fevereiro de 2018 
Duração: 131 minutos 
Direção: Paul Thomas Anderson
Roteiro: Paul Thomas Anderson
Elenco: Daniel Day-Lewis, Vicky Krieps, Lesley Manville.

"Década de 1950. Reynolds Woodcock é um renomado e confiante estilista que trabalha ao lado da irmã, Cyril, para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através das mulheres que constantemente entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma, que vira sua musa e amante."

Estamos nos aproximando cada vez mais da premiação do Oscar 2018, que acontece em quatro de março, nos Estados Unidos. Então, nada melhor do seguir falando sobre os indicados para a categoria mais importante do prêmio. Após essa coluna resenhar “Dunkirk”, “Três Anúncios Para um Crime”, “A Forma da Água” e “Lady Bird”; chegou a hora de falar sobre mais um dos indicados: “Trama Fantasma”.

O filme, dirigido por Paul Thomas Anderson (único dos diretores que já foi indicado na categoria), conta a história de Reynolds Woodcock, um renomado e confiante estilista que trabalha ao lado da irmã, Cyril, para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através das mulheres que, constantemente, entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma, que vira sua musa e amante.

A partir desta sinopse a premissa do filme segue, com atuações consistentes em um roteiro confuso. Não que o roteiro do longa-metragem não seja bom, afinal o filme está indicado em seis categorias do Oscar – mas não em melhor roteiro. Isso porque o filme deixa tudo muito aberto e interpretativo, sem se fazer compreender pelas motivações, principalmente da protagonista feminina da trama.

Apesar de uma belíssima atuação de Vicky Krieps, sua personagem não consegue cativar. Isso porque suas motivações não são verossímeis. Na realidade falta verossimilhança em muitos aspectos do longa-metragem. Contudo, as atuações seguras de todos do elenco, mas, principalmente, de Daniel Day-Lewis, fazem com que o público se envolva e queira saber o que vai acontecer com cada um dos personagens, por mais que não se entenda os motivos de tamanho apresso.

Já a direção de Paul Thomas Anderson é segura e, em certos momentos, ousada. Isso se vê nas cenas dentro de veículos e nos planos fechados que ele utiliza para os dois protagonistas. Talvez, se Guillermo del Toro não estivesse entre os indicados, o diretor poderia beliscar o prêmio neste ano. Essa seria sua primeira estatueta, apesar de já ter sido indicado ao Oscar em outros momentos de sua carreira.

“Trama Fantasma”, sem sombra de dúvidas, foi a grande surpresa desta temporada de premiações. Ninguém apostava no longa-metragem, que ganhou seis indicações. Apesar disso, a produção consegue se sobressair em alguns aspectos – apesar de estar atrás de uns quatro dos indicados – mas acabará caindo no esquecimento devido à concorrência de outras obras. Porém, Daniel Day-Lewis pode sonhar com algo.

Guilherme Wunder

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