sexta-feira, 13 de julho de 2018

Crítica de Uma Quase Dupla

Filme: Uma Quase Dupla
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Estreia: 19 de julho de 2018 
Duração: 90 minutos 
Direção: Marcus Baldini
Roteiro: Leandro Muniz
Elenco: Tatá Werneck, Cauã Reymond, Louise Cardoso

"Quando uma série de assassinatos abala a bucólica rotina da cidade de Joinlândia, o calmo e pacato subdelegado Claudio (Cauã Reymond) recebe a ajuda da destemida e experiente investigadora Keyla (Tatá Werneck) nas investigações. No entanto, a diferença de ritmo e a falta de química dos dois só atrapalha a solução do misterioso caso."

Queria eu estar aqui para anunciar mais um grande filme para vocês, leitores do Jornal A Semana, irem ao cinema assistir. Esse inclusive vinha sendo o pedido em quase todas as edições, tendo em vista a quantidade de bons filmes que estavam sendo lançados. O problema é que o mundo não é um moranguinho e essa bomba veio para nos mostrar isso.

O filme começa quando uma série de assassinatos abala a rotina da cidade de Joinlândia, e o calmo e pacato subdelegado Claudio receberá a ajuda da destemida e experiente investigadora Keyla nas investigações. No entanto, a diferença de ritmo e a falta de química dos dois só atrapalhará a solução do caso.

Quando cheguei ao cinema já me desanimei, pois não esperava nada do longa-metragem. O problema foi que descobri quando cheguei lá que Tata Werneck era quase tudo no filme. Isso porque ela também era produtora e produtora-executiva de “Uma Quase Dupla”, ao lado de Cauã Reymond, que também assinava em mais espaços e não só na atuação.

O risco disso é controlar o artista e é possível afirmar que ninguém conseguiu ou quis controlar Tata. Não que eu não goste do trabalho dela. Muito pelo contrário, pois assisti Lady Night (programa do Multishow) e acompanhava o Quinta Categoria (programa da extinta MTV Brasil), então posso dizer que torcia pelo sucesso dela.

O problema é que ela não é uma grande atriz e vem se tornando muito caricata. Desde que ela surgiu isso já acontecia, mas parece que agora se intensificou. Não parece mais que ela está atuando e sim que é sempre a Tata Werneck em um esquete de Lady Night. Falta naturalidade na atuação da comediante, que força situações surreais demais para mim.

Felizmente eu estava vacinado para “Uma Quase Dupla” e a surpresa negativa não foi tão grande. Entretanto, a baixa qualidade do filme segue sendo uma pena. Ainda mais quando se incentiva as comédias a saírem do humor brasileiro pastelão. Tata tem talento para mais que isso – Reymond nem se fala – e, mais uma vez, não consegue entregar uma boa atuação.

Guilherme Wunder

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