sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Crítica de A Favorita

Filme: A Favorita
País: EUA, Reino Unido, Irlanda
Classificação: 14 anos
Estreia: 24 de janeiro de 2019 
Duração: 120 minutos
Direção: Yórgos Lánthimos
Roteiro: Deborah Dean Davis e Tony McNamara
Elenco: Olivia Colman, Rachel Weisz, Emma Stone

"Na Inglaterra do século XVIII, Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough exerce sua influência na corte como confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana. Seu posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail, nova criada que logo se torna a queridinha da majestade e agarra com unhas e dentes à oportunidade única."

O cinema no Brasil em início de ano é algo maravilhoso. É nesse período que grandes filmes, com força para as premiações, chegam ao país e transformam a experiência cinematográfica. Após o bom filme “Assunto de Família”, foi a vez de “A Favorita”, um dos vencedores dos primeiros prêmios da temporada e entre os favoritos (perdoem o trocadilho) para receber indicações ao Oscar de 2019. 

O filme se passa na Inglaterra do século XVIII, onde Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough exerce sua influência na corte como confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana. Seu posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail, nova criada que logo se torna a queridinha da majestade e agarra com unhas e dentes à oportunidade única. 

A produção é complexa e traz grandes nomes como protagonistas: Emma Stone, Rachel Weisz e Olivia Colman. Todas com as suas personagens muito bem desenvolvidas. Com isso atrelado ao desempenho das três (todas estão cotadas em premiações) fazem com que o filme consiga entregar uma história visceral e verdadeira sobre as ambições e soberbas de cada uma. 

Tudo isso graças ao trabalho do diretor Yorgos Lanthimos, que consegue montar um filme diferente de tudo o que havia se visto em filmes de época. Ele tira do pedestal e do posto máximo de inteligência a corte e coloca os egoísmos e jogos de interesse em foco. Com isso, se descontrói todas as histórias conhecidas sobre aquele período – a história é baseada em fatos. 

O longa-metragem se passa praticamente todo dentro do palácio da Rainha Ana e toda a ambientação, seja da arquitetura da época como também das vestimentas e costumes, são mantidos por Lanthimos. Com isso, o trabalho do diretor ganha mais força não apenas nas principais categorias das premiações, mas sim também em partes técnicas, podendo levar bons troféus para casa. 

“A Favorita” estreia apenas no dia 24 de janeiro, mas para quem tiver interesse em assistir um bom filme neste início de ano, garanto que vale a pena ir ao cinema. O longa-metragem cumpre seu papel de entreter com uma história cheia de reviravoltas e, muitas vezes, até novelescas. Contudo, nada perde a consistência e verossimilhança criada pelo talentoso diretor.

Guilherme Wunder

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