quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Crítica de Ben-Hur

Filme: Ben-Hur (2016)
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estréia: 18 de agosto de 2016
Duração: 123 minutos
Direção: Timur Bekmambetov
Roteiro: Keith Clarke e John Ridley
Elenco: Jack Huston, Morgan Freeman, Toby Kebbell, Rodrigo Santoro, Nazanin Boniadi, Pilou Asbæk, Ayelet Zurer, Marwan Kenzari

"O nobre Judah Ben Hur, contemporâneo de Jesus Cristo, é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala, partindo, então, em busca de vingança."

O filme Ben-Hur, que estreia nessa quinta-feira (18) nos cinemas brasileiros, é um remake de um filme do mesmo nome produzido em 1959, que venceu 11 Oscar. Digo isso para que você, leitor aqui do Blog do Wunder, entenda a importância do longa-metragem antigo e possa analisar a responsabilidade que Timur Bekmambetov teve para dirigir essa produção.

Isso em uma era onde as séries de TV e filmes são, em sua maioria baseados em remakes e em conceitos requentados da indústria do entretenimento. E é com a ideia de se aproveitar de um grande sucesso do passado e apresentar para os mais novos esse sucesso da época que Ben-Hur foi pensado. O problema é que muitas coisas ficaram apenas no pensamento.

Foto: Divulgação
A construção do filme, principalmente no seu roteiro, falha em nos apresentar uma situação em que o público possa se envolver e sentir a preocupação com o futuro dos personagens. Um dos motivos disso acontecer pode ser a escolha do elenco. Tanto Jack Huston como Toby Kebbell dão o seu melhor, mas mesmo assim é pouco e essa falta de carisma de ambos faz com que quem está assistindo não consiga se importar com o futuro dos personagens.

Um dos pontos positivos na escolha do elenco é o brasileiro Rodrigo Santoro. O ator consegue entregar uma atuação digna como Jesus Cristo, estando presente nas cenas mais fortes do filme. Outro ator que participa do filme é Morgan Freeman, mas seu personagem, Ildarin, não fica bem construído e suas motivações para com Ben-Hur não foram bem construídas para condizer com tais atitudes.

Foto: Divulgação
A clássica cena das bigas foi bem construída e pode ser considerado o grande momento do filme. Mas, mesmo nessa situação, faltam coisas. Os outros corredores não tiveram um mínimo de suas vidas contadas e acabam servindo apenas como personagens a serem superados pelos irmãos se consagrarem.

Outra grande cena presente no filme é a sequência de Ben-Hur dentro do navio. Todos os cortes e a construção dos pontos de vista do personagem foram muito bem feitos e mostram que o filme tinha sim potencial para ter alcançado algo a mais. E talvez seja isso que cause a decepção de alguns que vão assistir ao longa-metragem.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

Nenhum comentário:

Postar um comentário