quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Crítica de Bruxa de Blair

Filme: Bruxa de Blair (2016)
País: EUA
Classificação: 12 anos
Estreia: 15 de setembro de 2016
Duração: 89 minutos
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Simon Barrett
Elenco: Brandon Scott, Callie Hernandez, Valorie Curry, James Allen McCune, Corbin Reid, Wes Robinson

"Um grupo de estudantes de Milwaukee, durante uma viagem para acampar em uma das florestas da região, decide penetrar ainda mais no coração das árvores do que o previsto e acaba descobrindo que a floresta esconde seres perigosos."

O longa, que estreia nesta quinta-feira (15) pode ser considerado uma continuação do filme de 1999, apesar de ter mais uma cara de remake. Talvez o que deixe essa produção mais presente na hipótese de uma sequência é que James, interpretado por James Allen McCune, é irmão de Heather Donahue, protagonista da produção original. Esse é o gancho que uni os dois filmes e ignora totalmente o segundo longa da franquia.

Na trama, James encontra evidências de que sua irmã ainda pode estar viva e resolve chamar seus amigos para acompanha-lo nessa busca. E esses amigos resolvem fazer a mesma coisa de 17 anos atrás e gravam tudo que acontece para produzirem um documentário. Pensando no filme como uma sequência, afinal a irmã do protagonista é citada durante o filme, acaba surgindo um questionamento que me incomoda: o quão inteligente é fazer tudo isso de novo? Esse é um ponto negativo da produção, que faz com que a verossimilhança perca sua força.


Esse é um dos pontos que mais me incomoda nos filmes de terror. A burrice dos personagens é algo que faz com que o filme perca o meu interesse e prejudica a experiência. Isso porque eu não consigo ver a realidade acontecendo. Eu sei que é um filme, mas aprecio quando uma produção prioriza a verossimilhança dentro de sua história.

A produção também peca na construção do seu terror. Apesar de ter boas referências ao filme clássico e trabalharem bem com o suspense por trás da bruxa, que permanece presente no imaginário do público durante boa parte do filme, o longa peca na parte dos sustos e do medo. Isso porque todos os momentos onde poderiam acontecer cenas assustadoras, o estopim acaba não sendo a bruxa, mas sim entradas abruptas de personagens em frente a câmera. Isso acaba brochando o público que vai ao cinema querendo se assustar.


Outra coisa que me incomodou durante o filme é o estilo no qual ele é gravado, conhecido como found footage. O objetivo desse método de filmagem é passar a veracidade dos fatos e parecer que o longa realmente é um documentário. Apesar de ser um estilo diferente eu não consigo apreciar. Me incomoda muito essa técnica, ainda mais com as trocas de câmeras desordenadas que foi trabalhada por Adam Wingard. Isso porque o ritmo acaba ficando frenético demais e existem momentos em que até a compreensão do filme é prejudicada.

Apesar disso, o longa é infinitamente superior ao segundo e faz uma boa homenagem ao início da franquia. Não vejo essa produção tendo mais uma sequência, mas creio que a mensagem e o objetivo desse filme foi alcançado. Isso porque, apesar de terem acontecido várias coisas que me incomodaram, acredito que, devido toda a história e a mitologia por trás do primeiro filme, esse longa faz justiça ao seu início.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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