quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Crítica de Cegonhas - A História que Não te Contaram

Filme: Cegonhas - A História que Não te Contaram (2016)
País: EUA
Classificação: Livre
Estreia: 22 de setembro de 2016
Duração: 89 minutos
Direção: Nicholas Stoller e Doug Sweetland
Roteiro: Nicholas Stoller
Elenco: Andy Samberg, Kelsey Grammer, Jennifer Aniston, Ty Burrell, Keegan-Michael Key, Jordan Peele, Danny Trejo.

"Todo mundo já sabe de onde vêm os bebês: eles são trazidos pelas cegonhas. Mas agora você vai conhecer a mega estrutura por trás desta fábrica de bebês: na verdade, as cegonhas controlam um grande empreendimento que enfrenta muitas dificuldades para coordenar todas as entregas nos horários e locais certos."

Cegonhas - A História que Não te Contaram é uma grata surpresa de 2016, no quesito animação. Isso porque, ao contrário dos desenhos da Pixar, onde o público encontra uma mensagem em suas entrelinhas, o filme, que estreia nessa semana, visa alcançar um público mais amplo, sendo de fácil entendimento para as crianças. Isso porque, a produção é inocente e simples, tendo como carga emocional as histórias que sempre ouvimos quando eramos crianças: "como nascem os bebês? São as cegonhas que trazem."

O filme já começa mostrando que essa realidade mudou e que agora as cegonhas trabalham como carteiros, entregando encomendas de uma rede varejista. O motivo dessa mudança é explicado no decorrer da trama.


O enredo do filme acompanha Junior, uma cegonha que trabalha na empresa e é conhecido pelo seu excelente trabalho. Com a aspiração de se tornar um chefe, Junior recebe a ordem de demitir Tulipa, uma humana que nunca foi entregue a sua família. O problema é que a cegonha não teve coragem e, para não chatear a menina, acaba levando ela para um setor que não era mais utilizado. O problema é que a mesma acaba reativando a máquina de fazer bebês. Com o medo de ser descoberto, Junior resolve entregar essa criança escondido. Mas é óbvio que não seria tão fácil.

A produção funciona graças a direção de Nicholas Stoller e Doug Sweetland e ao roteiro de Stoller. Esse longa consegue gerar empatia do público ao ponto dos telespectadores se preocuparem com o futuro de cada personagem. Isso sem falar que existem alguns núcleos do filme que se mantem de forma isolada, com arcos fechados e não interligados diretamente. Talvez por ter uma história tão simples e, ao mesmo tempo, com um grande alcance, o público em geral possa acabar se apaixonando.


Além disso, existem diversos momentos do filme que geram os risos e a comédia tão esperada para divertir uma animação. Todas as cenas com os lobos, apesar de serem surreais, agradam os telespectadores e geram um carinho melhor pelo longa e pelos seus protagonistas. Todos os personagens são bem construídos e fazem com que o carinho seja sentido e que a preocupação pela conclusão do enredo envolvam o público que acompanha o filme.

A simplicidade proposta pela direção também encontra o seu público. Apesar do sucesso dos filmes da Pixar, existem pessoas que buscam um desenho mais simples, com uma história que ao mesmo tempo que é bobinha gera o envolvimento de quem assiste. Isso pela construção dos seus personagens e pelos valores apresentados pelo filme, como a importância da família, dos amigos e da responsabilidade. Com certeza, uma das melhores animações de 2016, com cenas memoráveis e que podem sim ficar na história das animações.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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