quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Crítica de Star Trek: Sem Fronteiras

Filme: Star Trek: Sem Fronteiras (2016)
País: EUA
Classificação: 12 anos
Estreia: 01 de setembro de 2016
Duração: 123 minutos
Direção: Justin Lin
Roteiro: Simon Pegg e Doug Jung
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Simon Pegg, Sofia Boutella, Idris Elba, Anton Yelchin, Zoe Saldana, Karl Urban

"Desta vez, Kirk, Spock e a tripulação da Enterprise encontram-se no terceiro ano da missão de exploração do espaço prevista para durar cinco anos. Eles recebem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico vilão Krall, um insurgente anti-Frota Estelar interessado em um objeto de posse do líder da nave. A Enterprise é atacada, e eles acabam em um planeta desconhecido, onde o grupo acaba sendo dividido em duplas."

Star Trek: Sem Fronteiras, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (01), é o terceiro filme da nova franquia idealizada em 2009, por J.J. Abrams. Digo nova franquia pois essa trilogia não é um reboot e nem um remake dos longas antigos, mas sim uma nova linha temporal dentro do mesmo universo de Jornada das Estrelas. E, com certeza, a produção pode ser sim considerada um grande passo nessa nova visão de uma das franquias de maior sucesso e apelo entre o público nerd.

Nessa produção acompanhamos a história da tripulação Enterprise em seu terceiro ano de missão - no fim do segundo filme eles saíram para uma missão de cinco anos. Mas essa missão, que estava ocorrendo normalmente, acaba por ter uma reviravolta quando Kirk recebe um pedido de socorro para resgate e acaba caindo em uma armadilha planejada por Krall, interpretado pro Idris Elba.

Foto: Divulgação/Paramount
Para quem não conhece muito sobre esse universo, o filme acaba sendo um pouco confuso no início. Mas isso é corrigido em pouco tempo e logo já é possível se familiarizar com nomes e rostos conhecidos e presentes no imaginário dos consumidores de cultura pop. E essa sensação de reconhecer personagens e referências aos filmes antigos é feita de maneira magistral. Todas as referências e homenagens ao material clássico acontece de forma simples, fazendo com que surja o sentimento de nostalgia e, ao mesmo tempo, de felicidade ao poder acompanhar uma nova saga desse universo.

Um dos pontos altos nessa parte mais nostálgica é a homenagem póstuma a Leonard Nimoy (1931 - 2015), o eterno Senhor Spock. A lembrança feita e a maneira com que encerra o arco do personagem é perfeita e consegue mostrar o passagem do bastão entre os dois Spocks que estavam presentes na realidade do filme. Além disso, também existe uma lembrança a morte de Anton Yelchin, que faleceu recentemente e tem um papel de destaque no filme.

Um dos meus medos nessa produção era a direção de Justin Lin, conhecido pelo seu trabalho na franquia Velozes & Furiosos. Como ele era acostumado em um filme com um estilo de filmagem e de edição mais frenético, fiquei receoso de que isso pudesse prejudicar o longa, o que não aconteceu. Principalmente nas cenas de batalhas espaciais, o estilo de Lin foi importante e todas as cenas ficaram muito bem executadas. Isso, com a ajuda dos ótimos efeitos especiais, fez com que o público se sinta inserido naquela realidade.

Foto: Divulgação/Paramount
O elenco como um todo está muito bem. Os grandes destaques são Zachary Quinto e Simon Pegg como, respectivamente, Spock e Scotty. Os dois tem um timing perfeito e casaram muito bem com os seus personagens. Talvez o grande desafio tenha sido o de Quinto, que interpreta um grande papel dentro do universo de Star Trek e que agora terá a responsabilidade de, sozinho, seguir o desafio de dar vida a Spock.

Simon Pegg é uma referência no gênero das comédias e consegue usar de forma simplista e natural o humor que o seu personagem pode explorar. E, como roteirista do filme, Pegg conseguiu também dar um ar mais leve e um destaque maior há outros coadjuvantes do longa. E, felizmente, todos eles deram conta do recado e entregaram uma atuação digna de ser parabenizada. Aqui destaco também Chris Pine (Kirk), Anton Yelchin (Checkov), Karl Urban (Bones) e John Cho (Sulu).

Star Trek: Sem Fronteiras conquista o seu espaço como um dos grandes lançamentos deste ano e fica marcado como um dos melhores filmes da cultura pop já produzidos nos anos 2000. E, com um final que deixa espaços para continuação, a tendência é que essa franquia continue rendendo mais longas e espero que eles consigam manter o nível alcançado com esse lançamento.

Assista o trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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