quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Crítica de Inferno

Filme: Inferno (2016)
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 13 de outubro de 2016
Duração: 122 minutos
Direção: Ron Howard
Roteiro: David Koepp
Elenco: Tom Hanks, Felicity Jones, Ben Foster, Omar Sy, Irrfan Khan, Sidse Babett Knudsen.

"Florença, Itália. Robert Langdon desperta em um hospital, com um ferimento na cabeça provocado por um tiro de raspão. Bastante grogue, ele é tratado por Sienna Brooks, uma médica que o conheceu quando ainda era criança. Langdon não se lembra de absolutamente nada que lhe aconteceu nas últimas 48 horas, nem mesmo o porquê de estar em Florença. Subitamente, ele é atacado por uma mulher misteriosa e, com a ajuda de Sienna, escapa do local. Ela o leva até sua casa, onde trata de seu ferimento. Lá Langdon percebe que em seu paletó está um frasco lacrado, que apenas pode ser aberto com sua impressão digital. Nele, há um estranho artefato que dá início a uma busca incessante através do universo de Dante Alighieri, autor de "A Divina Comédia", de forma a que possa entender não apenas o que lhe aconteceu, mas também o porquê de ser perseguido."

O filme é baseado em mais um livro de Dan Brown e dá sequencia as outras duas obras do autor: O Código Da Vinci e Anjos e Demônios. Essa é mais uma parceria entre o escritor, o diretor Ron Howard e o ator Tom Hanks, que reprisa seu papel de professor Robert Langdon. Como eu não li o livro, essa crítica será somente do filme e não poderei falar muito sobre a adaptação do livro para o cinema.


No início do longa já somos apresentados ao nosso professor e sabemos que ele está tendo visões do Inferno de Dante, tema esse que é recorrente em toda a trama. Além disso, ele não sabe como chegou a Itália e nem o que aconteceu com ele para estar internado em um hospital. A partir disso toda a drama se encaminha. Isso porque ele descobre que está de posse de um mapa que, depois de decodificado, deve dar o caminho para que se encontre um vírus mortal que será ativado em pouco tempo.

Tudo isso acontece em duas horas de filme, um tempo curto demais e que faz com que o ritmo do longa seja frenético e um roteiro fraco, que peca na construção de motivações e background dos personagens. Pelo menos esse ritmo acelerado auxilia nas cenas de ação e deve chamar a atenção de um público mais leigo e que não está inserido dentro do universo dos livros e das adaptações de Brown.


Creio também que faltou um pouco mais de mistério. Todas as cenas no museu e nos outros espaços históricos se resolviam muito rapidamente, como se tudo ali fosse simples e de conhecimento do público. Isso fica menos verossímil quando pensamos que Langdon ainda está com a memória afetada devido ao seu acidente que fez com que ele fosse para o hospital.  

Inferno é o terceiro longa de uma franquia e segue os mesmos padrões do anterior, se mostrando uma obra que utiliza muito dos clichês para alcançar seu público. E isso acaba dando certo, pois o filme usa desses recursos manjados, mas de uma forma correta, que mostra o quão rica é a obra adaptada. Só fica um pouco triste quando notamos que ela poderia ter sido melhor executada.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

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