segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Crítica de Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Filme: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo (2016)
País: EUA
Classificação: 12 anos
Estreia: 10 de novembro de 2016
Duração: 107 minutos
Direção: Peter Berg
Roteiro: Matthew Michael Carnahan e J.C. Chandor
Elenco: Mark Wahlberg, Dylan O'Brien, Kate Hudson, Kurt Russell, John Malkovich, Gina Rodriguez, John L. Armijo, Joe Chrest.

"Baseada em eventos reais, a história se passa no Golfo do México, na plataforma de perfuração marítima Deepwater Horizon. Diante de um dos piores vazamentos de petróleo na história dos EUA, Mike Williams e os demais trabalhadores embarcados lutam para escapar com vida do terrível acidente."

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo conta a história de um dos maiores desastres ambientais da história dos Estados Unidos. Isso aconteceu no ano de 2010, no Golfo do México. Durante o filme, o público acompanha a visão do engenheiro-chefe Mike Williams, interpretado por Mark Wahlberg, que é um trabalhador que estava na plataforma durante o acidente.

O roteiro do filme é baseado em um artigo "Deepwater Horizon’s Final Hour", publicado pelos jornalistas David Rohde e Stephanie Saul, no The New York Times. O longa apresenta os momentos que antecederam o desastre, com uma boa dose de ação e drama, sempre apresentado pelo ponto de vista de Mike Wiiliams. É o protagonista que tem sua história contada desde o início, quando ainda estava se preparando para a viagem até a plataforma.


No longa, Peter Berg tenta construir um envolvimento do público com o protagonista, mas é algo que acaba soando forçado e algumas cenas se tornam desnecessárias para a evolução do filme. Além disso, o diretor também tenta inserir o público dentro daquela realidade e, para isso, acaba abusando de termos técnicos, que acabam fugindo um pouco do domínio de quem assiste e isso pode fazer que o telespectador perca um pouco o interesse pela história.

Entretanto, Horizonte Profundo - Desastre no Golfo tem mais acertos do que erros. As cenas de explosões ou que exigem um trabalho maior de efeitos especiais é muito bem executada. Talvez por saber das dificuldades ou por falta de orçamento, Peter Berg acaba não abusando de cenas magistrais e foca mais na luta dos trabalhadores pelas suas vidas. Com certeza foi escolha acertada, afinal o elenco estava muito bem e o risco de se perder uma bom filme, devido a construção de cenas surreais, era grande.


Outro ponto positivo do longa foi a verossimilhança. É óbvio que o filme é baseado em fatos, mas sabemos o quanto alguns diretores mudam alguns pontos por não se sentirem obrigados a contar a história como ela realmente aconteceu. Mas isso não acontece aqui e podemos ver os trabalhadores sem nenhum tipo de heroísmo, mas sim lutando pelas suas vidas e pela vida de seus colegas. Ações essas que todos tomariam, caso fosse necessário.

Além disso, Horizonte Profundo - Desastre no Golfo não poupa esforços para mostrar o lado obscuro da empresa que estava por trás de todos os erros que culminaram nesse desastre. Peter Berg não mostra apenas o fato, mas também constrói uma homenagem aos mortos daquele dia e mostra o que aconteceu ou pode acontecer com os donos da British Petroleum. Esse longa não é só mais um filme de desastre, mas funciona também como uma lembrança para que erros como esse não se repitam.

Assista ao trailer abaixo:



Guilherme Wunder

Nenhum comentário:

Postar um comentário