sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Crítica de Em Busca de Fellini

Filme: Em Busca de Fellini
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estreia: 07 de dezembro de 2017 
Duração: 93 minutos 
Direção: Taron Lexton
Roteiro: Nancy Cartwright e Peter Kjenaas 
Elenco: Ksenia Solo, Maria Bello, Mary Lynn Rajskub.

"Lucy completa 20 anos como uma jovem extremamente tímida, grudada na mãe, que pouco sai de casa e dedica a maior parte do tempo a rever clássicos do diretor Federico Fellini. A grande oportunidade de sair do mundo da fantasia em que sempre viveu se dá numa viagem de autodescoberta à Itália, onde ela visita cenários de seus filmes favoritos e descobre o amor."

Quem nunca sonhou em conhecer um ídolo? Pois é, praticamente todos têm o desejo de conhecer alguém que admira. É esse sonho que norteia a história de “Em Busca de Fellini”, longa-metragem dirigido por Taron Lexton e protagonizado pela atriz Ksenia Solo. A produção chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 07/12.

No filme acompanhamos Lucy, que completa 20 anos como uma jovem extremamente tímida, grudada na mãe, e que pouco sai de casa. Por causa disso ela dedica a maior parte do tempo a rever clássicos do diretor Federico Fellini. A grande oportunidade de sair do mundo da fantasia em que sempre viveu se dá numa viagem de autodescoberta à Itália, onde ela visita cenários de seus filmes favoritos e descobre o amor. 

Essa é a premissa que permeia todo o filme. A vontade dela de conhecer o mundo e o diretor que ela mais admira: Federico Fellini. Isso porque ela se identifica com uma personagem retrata pelo italiano em suas produções. E o público que está no cinema também passa por essa experiência, graças ao trabalho do diretor Lexton. 

O responsável pela obra constrói o filme com trechos e referências o trabalho de Fellini. Isso faz com que o público possa imergir dentro do filme e reconhecer a paixão de Lucy pelo diretor. A produção não é genial, tecnicamente falando. O diretor não opta pela ousadia e sim pelo simplismo. E isso funciona, porque encaixa com a meiguice e inocência da protagonista. 

Talvez falte uma linearidade para quem não entende as referências do universo de Fellini. Isso porque a obra é desconstruída e muda de tema de forma brusca. Temos momentos de amor efusivo, luxúrias, sentimentalismo e outros sentimentos de forma muito efusiva. O público pode se sentir confuso ou pressionado pela quantidade de informações jogada na tela. 

“Em Busca de Fellini” é filme de festival. Não será sucesso de bilheteria e nem tem essa pretensão. A obra é simples e tocante. Uma homenagem ao trabalho do diretor italiano e a sua carreira. Apesar de problemas, a obra é autêntica e pessoal para Lexton. E vale a experiência.

Guilherme Wunder

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