sexta-feira, 9 de março de 2018

Crítica de O Passageiro

Filme: O Passageiro
País: Estados Unidos, França e Reino Unido
Classificação: 14 anos
Estreia: 08 de março de 2018 
Duração: 104 minutos 
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Byron Willinger e Philip de Blasi
Elenco: Liam Neeson, Vera Farmiga, Patrick Wilson.

"Durante o seu trajeto usual de volta para casa, um vendedor de seguros é forçado por uma estranha misteriosa a descobrir a identidade de um dos passageiros do trem em que se encontra antes da última parada. Com a rotina quebrada, o homem se encontra no meio de uma conspiração criminosa."

Mais uma vez temos um filme protagonizado por Liam Neeson, onde sua família vive uma situação de risco e ele precisar salvar o dia e, consequentemente, sua esposa e filho. Essa pode ser considerada a premissa de um dos vários filmes que o ator estrelou nos últimos anos. Tanto é que isso já virou motivo de piada. Contudo, por mais que o longa-metragem tenha essas características, ele apresenta um diferencial: é muito bem executado. 

O filme conta a história de um vendedor de seguros, interpretado por Liam Neeson, que durante o seu trajeto usual de volta para casa, é forçado por uma estranha misteriosa, interpretada por Vera Farmiga a descobrir a identidade de um dos passageiros do trem em que se encontra antes da última parada. Com a rotina quebrada, o homem se encontra no meio de uma conspiração criminosa. 

Como foi dito anteriormente, essa é uma premissa de boa parte dos filmes recentes de Neeson, mas desta vez, ele consegue ser verossímil e construir uma trama fechada e interessante. O mistério em torno de saber quem é a testemunha é muito bem construído e consegue prender o público bem mais que “O Assassinato do Expresso Oriente”. Isso pegando como comparação um filme onde também existem investigação e vários suspeitos. 

A atuação de Liam Neeson é convincente, como em vários dos papéis em que ele participa. Isso até me faz pensar o porquê ele está presente em tantos filmes deste gênero. Contudo, o que chama a atenção é a direção segura de Collet-Serra, que consegue construir um ambiente tenso, claustrofóbico e confuso – propositalmente – para saber quem é a pessoa que está sendo procurada. 

As cenas de luta então? Estão muito bem executadas, filmadas e coreografadas. Isso é um mérito de Serra e do Neeson. Talvez essa seja uma consequência da parceria entre diretor e protagonista, que já trabalharam juntos em outros filmes do gênero, conseguindo emular muito bem o que está sendo pedido, além de apresentar a verossimilhança tão necessária para um filme deste gênero mais alternativo. 

“O Passageiro” consegue agradar ao público fiel a Liam Neeson e a esse tipo de filme que está ficando tão popular com ele. Contudo, ele não é só isso e consegue se segurar com o drama e a investigação cativante e que prende o telespectador. Com certeza é uma grata surpresa neste início de ano, após toda a ressaca pós-Oscar.

Guilherme Wunder

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