sexta-feira, 16 de março de 2018

Crítica de Tomb Raider – A Origem

Filme: Tomb Raider – A Origem
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estreia: 15 de março de 2018 
Duração: 118 minutos 
Direção: Roar Uthaug
Roteiro: Geneva Robertson-Dworet e Alastair Siddons
Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins.

"Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa."

Mais uma adaptação oriunda dos videogames e mais um reboot de uma franquia que fez um relativo sucesso quando foi lançada. Essas duas características definem muito bem o lançamento desta semana. Isso porque estamos falando de “Tomb Raider – A Origem”, dirigido por Roar Uthaug e protagonizado pela talentosa Alicia Vikander.

O filme conta a história de Lara Croft que, aos 21 anos, leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido há sete anos. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa.

E, ao contrário da grande maioria dos críticos, posso dizer que me diverti assistindo ao longa-metragem. Ele é divertido, tem cenas de ação bem executadas – apesar de serem surreais – e trazem Alicia Vikander fazendo uma grande atuação com o que foi dado para ela. E vocês vão entender o porquê essa frase tem sentido.

Falta profundidade para a personagem. Os roteiristas não se preocuparam em escrever um texto que apresentasse para o público os dilemas psicológicos e emocionais dela. Ou, quando explicaram, foi de forma rasa e isso faz com que a trama não seja tão verossímil assim. Só que isso não é culpa de Alicia e sim de quem trabalhou no roteiro.

Digo isso porque a atriz consegue entregar uma atuação convincente e com cenas de ação fortes. Ela lembra muito a personagens dos videogames e todas as sequências de perseguição – que lembram muito a franquia Indiana Jones – são empolgantes e conseguem entreter o público que busca diversão no cinema e não histórias densas.

“Tomb Raider – A Origem” acerta na escolha de seu elenco e erra no roteiro. Falta profundidade e mais explicações na história. A ideia de construir um blockbuster genérico demais pode prejudicar o início de uma franquia que tinha condições de ganhar sequências, visto a atuação de Alicia e a cena pós-créditos. Seria uma pena se não for possível ver mais do personagem.

Guilherme Wunder

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