Crítica de Mogli – Entre Dois Mundos

Filme: Mogli – Entre Dois Mundos

País: Estados Unidos

Classificação: ---

Estreia: 07 de dezembro de 2018 

Duração: 104 minutos

Direção: Andy Serkis

Roteiro: Callie Kloves

Elenco: Rohan Chand, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch

"Criado por uma alcatéia em meio às florestas da Índia, Mogli (Rohan Chand) vive com os animais da selva e conta com a amizade do urso Baloo (Andy Serkis) e da pantera Bagheera (Christian Bale). Ele é aceito por todos os animais, exceto pelo temido tigre Shere Khan (Benedict Cumberbach). Quando Mogli se defronta com suas origens humanas, perigos maiores do que a rixa com Shere Khan podem surgir."

Com a correria de final de ano está cada vez mais difícil de conseguir ir ao cinema. Pensando nisso, nesta semana trago aqui mais um filme que ganhou espaço no serviço de streaming da Netflix. Estou falando de “Mogli – Entre Dois Mundos”, que é o novo lançamento da produtora e que, não se confundam, não é o mesmo longa-metragem que a Disney lançou há cerca de dois anos.

O filme apresenta a história de Mogli, que é criado por uma alcateia em meio às florestas da Índia, onde vive com os animais da selva e conta com a amizade do urso Baloo e da pantera Bagheera. Ele é aceito por todos os animais, exceto pelo temido tigre Shere Khan. Quando Mogli se defronta com suas origens humanas, perigos maiores do que a rixa com Shere Khan podem surgir.

A produção é dirigida por Andy Serkis, conhecido por trabalhar com computação em filmes como “O Senhor dos Anéis” e “Planeta dos Macacos”. Ele é o precursor desta tecnologia quando se fala em atuação e agora optou por partir para trás das câmeras, entregando algo muito diferente. Some-se todo o conto de fadas e amor que tinha a história na animação e entra algo mais visceral e verossímil.

Serkis consegue se distanciar tanto da animação quanto do live-action produzido recentemente pela Disney. Com isso, o diretor entrega uma história diferente e mais real, algo inesperado e inimaginável para quem conhece a história. Não existem mais musiquinhas e mensagens positivas no final. Aqui o que prevalece é a lei da selva e do mais forte, mostrando uma realidade cruel, seja dos animais como dos seres humanos.

O elenco é recheado de nomes conhecidos e premiados, como Benedict Cumberbatch, Christian Bale e Cate Blanchett. Tudo isso dando voz a pantera, cobra e urso que, ao lado de Mogli, protagonizam o filme. Todos juntos em um filme tecnicamente muito bom e que consegue construir personagens reais, seja nos aspectos técnicos da tecnologia como também na profundidade necessária.

“Mogli – Entre Dois Mundos” é diferente e foge do mais do mesmo. Uma releitura sombria e realista do desenho eternizado por Walt Disney. Uma nova visão para a mesma história que está no nosso imaginário, permeando entre o adulto e o juvenil e mostrando que a floresta não é o melhor lugar para ficar cantando. Aproveitem que o filme está na Netflix e assistam.

Guilherme Wunder